Ainda em busca de pelo menos mais cinco reforços para este início de temporada e para a disputa do Campeonato Paranaense, o Paraná Clube segue passando por um processo de remontagem para chegar bem para seu objetivo principal em 2016, que é conseguir o acesso para a primeira divisão na disputa da Série B do Campeonato Brasileiro. O técnico Claudinei Oliveira, grande nome do Tricolor neste início de ano, não vende falsas ilusões ao torcedor e admitiu que tem equipes que vão disputar o Estadual com um passo a frente do Paraná.
“A gente tem equipes do interior que já estão há dois meses trabalhando. Todo ano é igual. A gente tem essa dificuldade de trazer jogadores pela concorrência com outros regionais. A gente vai perder sempre. Em São Paulo, no Rio de Janeiro, as cotas de TV são maiores e os clubes têm um aporte financeiro maior e mais facilidade para contratar. Claro que se eu tivesse todos os jogadores desde o dia 4 seria muito melhor, mas se chegarem depois, vamos ter trabalhar para que as coisas aconteçam o mais rápido possível”, explicou o treinador.
Mesmo com a dificuldade de montar seu elenco e ainda sem ter seu elenco fechado faltando duas semanas para o início do Campeonato Paranaense, o treinador promete, pelo menos, um time organizado e competitivo em campo durante o Estadual. Uma possível conquista do Paranaense, segundo Claudinei Oliveira, surpreenderia até mesmo os integrantes da comissão técnica e os dirigentes.
“Todo time que entra no campeonato pode ser campeão. Todos têm chances, alguns mais, outros menos. O Paraná é um dos clubes grandes e será sempre cobrado por títulos. Vamos procurar, dentro da competição, uma forma de jogar o mais rápido possível e procurar surpreender. Um título surpreenderia a todos, até a gente, mas pode mostrar que o resultado veio antes do que a gente esperava”, detalhou o comandante paranista.
Primeiro time passa por jogo-treino
Mesmo passando por esse processo de remontagem, que deve durar ainda algumas semanas, o treinador colocará em campo amanhã, no jogo-treino contra a Ferroviária, um esboço do Paraná que entrará em campo contra o J. Malucelli, dia 31, na Vila Capanema, na estreia do Paranaense. Claudinei Oliveira, no entanto, tem dúvidas ainda no gol e na lateral-direita.
Na meta paranista, Marcos, titular absoluto, sente dores no ombro por causa de uma tendinite e é dúvida. Na lateral-direita, por falta de opções, o treinador pretende usar os jovens Paulinho, Claudevan ou até mesmo Zé Vitor. A defesa do Tricolor será completada pelos zagueiros Luiz Felipe e Alisson, além do lateral-esquerdo Fernandes que, neste primeiro momento, vai deixar de ser volante para voltar a sua posição de origem. “Vamos buscar neste primeiro momento utilizar os jogadores nas suas posições e onde eles se sintam mais a vontade”, afirmou o treinador.
Até por isso, o volante Anderson Uchôa finalmente jogará na sua posição de origem e formará o setor de contenção do Tricolor ao lado de Jean. O meia Válber será o único responsável pela armação das jogadas e Claudinei Oliveira pretende utilizar três atacantes neste início de trabalho. Assim, o trio ofensivo paranista para esta atividade deverá ser formado por Tony, Lúcio Flávio e Robson.
Experiente
Ainda com tempo para a disputa da Série B, o acesso e retorno à primeira divisão é o grande foco do Paraná Clube para a temporada de 2016. O zagueiro Alisson, cria das categorias de base do clube, esteve no grupo do Botafogo que ficou com o título da Segundona do ano passado. O defensor sabe o caminho das pedras para acabar com a agonia do torcedor paranista que vê seu clube indo para disputar sua nona Série B consecutiva neste ano.
“Foi a primeira vez que vivi essa experiência, de estar junto com um, grupo vencedor. Conquistamos a Taça Guanabara, chegamos na final do Campeonato Carioca e conseguimos o acesso para a primeira divisão. É difícil, mas não impossível. Tem que se dedicar, fazer da Vila Capanema um caldeirão e buscar pontos fora de casa também. É isso que o Botafogo fazia e isso que vamos fazer aqui no Paraná”, apontou o defensor.
Prestes a completar 22 anos, Alisson voltou mais maduro do Rio. “Volto com coisas boas para trazer em campo, com mais leitura de jogo. Foi muito bom e vou guardar para mim todos os ensinamentos”, arrematou.