Pé torto

Cheio de reforços, ataque do Paraná é o principal problema na Série B

Lúcio Flávio está no Tricolor desde o ano passado e é o artilheiro da equipe no ano, mesmo atualmente no banco. Foto: Antonio More

No decorrer da Série B do Campeonato Brasileiro, o ataque foi o setor mais reforçado pelo Paraná Clube. Depois de apostar, sem sucesso, em Robert e Marcelinho ­ que já deixaram o clube ­ e de perder Robson para o São Paulo, o Tricolor contratou recentemente o meia Cristian, além dos atacantes Guilherme Queiroz, Fernando Karanga e Núbio Flávio. Mesmo com este investimento maior no setor, o time paranista segue devendo e tem, atualmente, o quarto pior desempenho da Segunda Divisão, com apenas 24 gols marcados em 25 partidas, sendo melhor apenas que Joinville, Sampaio Corrêa e Bragantino, clubes que estão na zona de rebaixamento do certame.

Contra o Vila Nova, apesar da derrota por 2×1, não faltou poder de criação ao time comandado pelo técnico Marcelo Martelotte. O zagueiro Leandro Silva, suspenso diante da equipe goiana, viu de fora o revés sofrido e espera que o Paraná tenha mais capricho nas finalizações.

“O pessoal tem criado muitas oportunidades. São bolas na trave que saem e o goleiro do Vila Nova fez muitas defesas e garantiu a vitória para eles. Acho que um capricho a mais a gente pode subir esses números. Nosso setor ofensivo pode nos ajudar muito ainda com gols”, apontou ele.

O atacante Núbio Flávio, último reforço contratado pelo Paraná, na sua apresentação oficial à imprensa, ontem à tarde, na Vila Capanema, está ciente que precisa marcar gols e sabe da sua responsabilidade nesta reta final da Série B. O jogador, porém, prefere não traçar metas para as 13 rodadas restantes.

“A gente sabe que atacante vive de gols, que é muito cobrado por estar balançando as redes. Vou procurar ajudar primeiro a equipe, sendo em assistência ou finalizando. Espero dar alegrias para essa torcida fazendo gols que é o que sei e gosto de fazer”, cravou Núbio Flávio.

“Ter um pensamento egocêntrico é um pouco egoísta. Meu primeiro objetivo é em prol do clube, não em prol a mim. Meu objetivo é ajudar o Paraná da melhor maneira. Independentemente de fazer 10 gols ou de dar 10 assistências, meu pensamento é coletivo. Não tenho esse pensamento individual. Vim ajudar o Paraná Clube e, então, as coisas acontecem naturalmente”, acrescentou.

Apesar das constantes mudanças e de perder Robson, que é o artilheiro do time na Série B com oito gols marcados, o técnico Marcelo Martelotte, pelo menos nos dois últimos jogos em casa, contra Londrina e Vila Nova, conseguiu manter o Tricolor com um bom poder de criação. Desempenho que faz os jogadores acreditarem que o acesso para a elite ainda é possível.

“A nossa conversa é sobre G4 e não Z4. A gente não olha para baixo. Estamos almejando as quatro colocações da frente, por mais que estejamos com uma diferença de cinco pontos atrás do quarto colocado. Não se pode dizer que não estamos brigando por nada. Nosso objetivo é sempre o G4 e vai ser esse o objetivo até novembro, quando acaba o campeonato”, arrematou Leandro Silva.

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