O que aconteceu?

Azar, erros e má fase levam Paraná a nova derrota

Giancarlo vê a bola entrar no gol de Wendell. Lei do ex atacou o Tricolor. Foto: Felipe Couri/Tupi

Quando a fase não é boa, parece que nada ajuda e tudo atrapalha. Diante do Tupi, ontem, o Paraná tinha uma chance de ouro para se recuperar na Série B depois de quatro jogos seguidos sem ganhar (com três empates e uma derrota) e encostar novamente no G4. A rodada tinha sido quase perfeita. Dos times que estavam à frente do Tricolor, apenas o Brasil de Pelotas venceu. Os demais perderam ou empataram.

Era a melhor oportunidade possível de dar um salto na classificação. Ainda mais diante do penúltimo colocado. Mas, parece que nada vem dando certo para o time paranista, nem mesmo a boa campanha como visitante. O time paranista se atrapalhou, demonstrou ansiedade e volta para Curitiba com uma derrota por 2×0 na bagagem e agora já está sete pontos do quarto colocado, o Atlético-GO, que ainda por cima tem um jogo a menos.

A noite de fato não era do Paraná. Ninguém se acertava em campo, embora demonstrasse vontade. A equipe chegava a atacar, mas na hora de finalizar, acontecia alguma coisa. Ou o chute ia para fora, ou a defesa desarmava. Por outro lado, o Tupi quando chegava na frente, ameaçava mais.

Mas voltamos à má fase tricolor. A famosa ‘lei do ex’ voltou com tudo em Juiz de Fora. E em dose dupla. Depois de tanto atacar, o Galo Carijó abriu o placar, aos 31 minutos, justamente em uma jogada que começou e terminou nos pés de dois ex-paranistas. Marcos Serratto cruzou, a bola passou pela área e sobrou para Giancarlo, que chutou cruzado e fez 1×0.

Não demorou muito para os donos da casa marcarem o segundo, em um lance completamente de azar. Aos 38, Luis Paulo cobrou falta muito bem e acertou a trave. Mas, por um capricho do futebol, a bola bateu nas costas do goleiro Wendell Péricles e foi morrer no fundo das redes.

Veio o segundo tempo e o Paraná voltou disposto a mudar a história. Talvez inspirado em um exemplo próprio, quando há duas rodadas vencia o Criciúma por 2×0 e acabou perdendo o jogo, o técnico Marcelo Martelotte colocou o time para cima. Tirou um dos armadores, Válber, e colocou um terceiro atacante, Henrique. Mas a ideia, na teoria, não se transformou em prática.

O Tricolor tentou de todas as formas. Pelo lado, pelo meio, com cruzamentos, rondou a área do Tupi, mas chance clara mesmo apenas um chute de Jean, que Glaysson fez boa defesa. Os mineiros, por sua vez, diminuíram o ritmo, controlado a partida, mas ainda assim levaram perigo. Em uma cabeça de Octávio, Wendell fez boa defesa e depois Marcos Serratto mandou para fora uma boa oportunidade.

A ansiedade em tentar buscar a vitória a qualquer custo deixou o Paraná nervoso. O que ficou escancarado nos acréscimos, quando Leandro Silva foi expulso após dura entrada no adversário. Em um resumo, de cabeça quente o time paranista se perdeu dentro dos próprios erros, que resultaram em uma nova derrota e colocaram o clube em meio ao pior momento na Série B.