Paraná volta à elite nacional do rúgbi

Após 10 anos, Curitiba volta a fazer parte da elite do rúgbi brasileiro, com a participação do Curitiba Rúgbi na 1.ª Divisão do Campeonato Brasileiro de Rúgbi 2006, com início marcado para o segundo semestre. Ilustre desconhecido e pouco difundido no país, o rúgbi possui uma liga nacional com 1.ª e 2.ª divisões.

A modalidade é similar ao futebol americano. O principal objetivo é carregar a bola oval até o fundo do campo adversário. Para isso, os jogadores avançam com a bola debaixo do braço. No entanto, há algumas diferenças entre as duas modalidades – irmãs: no rúgbi não há capacete nem proteção para os ombros; é proibido o lançamento da bola para frente, ou seja, o passe somente pode ser feito ao companheiro que está atrás; e cada equipe tem 15 atletas, quatro a mais que o futebol americano.

Fundado em 1983, o Curitiba Rúgbi, uma das seis equipes paranaenses da modalidade, começou como um grupo de amigos que gostava de praticar o esporte. A partir daí, a adesão começou a aumentar e, o que antes era brincadeira, transformou-se numa verdadeira paixão. "Nós fazemos de tudo para treinar, disputar um jogo ou um campeonato. O rúgbi é uma coisa muito forte e presente na vida dos jogadores", explica Aloísio Dutra, atual presidente do Curitiba Rúgbi.

Em 23 anos de existência, o Curitiba Rúgbi conquista pela segunda vez uma vaga na 1.ª Divisão. O melhor período da equipe no cenário brasileiro foi entre 1989 a 95. Em 89, o time conseguiu a vaga na elite do rúgbi do país, onde permaneceu até 95, quando voltou para a segundona. "Isso é passado na história do Curitiba Rúgbi. Nós treinamos muito para conseguir a vaga que hoje é nossa. Vamos fazer de tudo para permanecer onde estamos", disse Dutra.

Para ele, o maior desafio ainda está para acontecer. O título de melhor time de rúgbi do Brasil será disputado por oito equipes: cinco de São Paulo (quatro da capital e uma de São José dos Campos), uma do Rio de Janeiro, outra de Santa Catarina e a paranaense. Enquanto aguarda o início do Brasileiro, o Curitiba Rúgbi mantém a rotina de três treinos semanais e disputa o Campeonato Paranaense. Na primeira etapa do estadual, realizada em Guarapuava, a equipe da capital foi campeã. (Redação e assessoria)

Serviço: A próxima etapa do Campeonato Estadual será disputada amanhã, no Centro de Capacitação Esportiva (CCE), em Curitiba. O endereço é Rua Manuel V. de Souza, nº. 1310.

Quem quiser conhecer melhor o esporte, pode assistir aos treinos do Curitiba Rúgbi, também no CCE. A equipe treina às terças e quintas, das 20h30 às 22h30, e sábados das 14 às 16h.

Projeto Rúgbi nas Escolas

Apesar do crescente aumento no número de praticantes, da organização de uma liga com competições de âmbito nacional e da presença do Curitiba Rúgbi na elite, o esporte ainda enfrenta alguns problemas.

O principal obstáculo é a falta de renovação de jogadores.

Para tentar reverter o quadro e atrair jovens para prática do esporte, o presidente do Curitiba Rúgbi, junto com outros atletas, desenvolveu o "Projeto Rúgbi nas Escolas".

A primeira turma conta com 30 atletas entre 14 e 16 anos.

Os treinos acontecem duas vezes por semana, durante duas horas, no campo de futebol de uma das unidades das escolas Positivo.

"Muitos jovens têm empatia pelo esporte, estão procurando coisas novas ou estão saturados com os esportes tradicionais. Esses são os fatores que estão garantindo o sucesso do projeto", explica Miguel Ângelo Magalhães, treinador da equipe e jogador do Curitiba Rúgbi.

Entenda melhor

O esporte foi inventado em 1823 no Colégio Rugby, na Inglaterra. Foi trazido ao Brasil por Charles Miller, que teria organizado em 1895 o primeiro time de rúgbi brasileiro, em São Paulo.

Praticado em campos com dimensões semelhantes às dos campos de futebol, o rúgbi conta com duas equipes de 15 jogadores. Uma bola oval deve ser levada até o arco adversário (em forma de H), ou passada por cima da barra horizontal, com um chute. Os jogadores são classificados de acordo com seu físico predominante: os forwards  são geralmente mais pesados e fortes e os backs  mais leves e velozes. O jogo

é dividido em dois tempos de 40 minutos, e a regra principal é a que não permite o passe para outro jogador que esteja à frente.

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