Paraná toma virada do Santos por 3 a 2 e fica em situação delicada

E agora José? O que era sonho até os 27 minutos do segundo tempo virou pesadelo aos 39 minutos e a permanência do Paraná Clube na elite do futebol brasileiro está muito delicada. Melhor para o Santos, que buscou um resultado que estava quase perdido, virou o jogo e carimbou seu passaporte para a Libertadores da América em 2008.

A história poderia ter sido outra, é bem verdade. Contando com o apoio da torcida, o Paraná mostrava ao Santos que não teria vida fácil. E de fato, ao menos no primeiro tempo, o time santista não teve facilidade e o que se viu foi um Paraná ousado e agressivo no ataque, dominando amplamente o jogo e que desperdiçava boas chances.

E se com a bola rolando não tinha jeito de fazer a bola entrar, o negócio foi apelar para a bola parada. E não deu outra. Aos 30 minutos, Jumar arrancou o grito de gol do torcedor paranista ao cobrar uma falta e ter a sorte da bola desviar em Maldonado antes de balançar as redes de Fábio Costa, abrindo o marcador.

Pouco tempo depois, veio o único arremate a gol do Santos, quando Kléber cruzou na medida para Kléber Pereira cabecear com perigo contra a meta de Gabriel. Mesmo com o susto, a torcida fazia a festa na Vila e o Paraná não dava mostras que iria tomar o gol santista até que…

Kléber, o carrasco paranista, silencia a Vila Capanema

Na volta do intervalo, o tricolor esqueceu seu futebol dentro do vestiário e o Santos parece ter achado o seu. O peixe, embora tenha iniciado a segunda etapa de forma tímida, foi tomando gosto da partida, uma vez que o tricolor voltou sonolento demais e cedia espaços perigosamente para os atacantes Marcos Aurélio e Kléber Pereira.

A pressão santista foi aumentando gradativamente, ao ponto do ataque do time paulista ter realizado três ataques com muito perigo contra a meta de Gabriel, que ia salvando o time com belas e difíceis defesas. Mas de tanto perder gol, o Santos fez jus ao ditado de que "quem não faz, leva", e sofreu o segundo tento aos 26 minutos, quando Paulo Rodrigues ampliou o marcador, novamente numa jogada de bola parada, fazendo a festa da torcida.

Até aí, tudo corria as mil maravilhas, mas eis que surge em cena o "apagão do tricolor". Dois minutos depois, enquanto a torcida ainda festejava, Kléber Pereira escorou de cabeça um cruzamento de Petkovic, diminuindo a diferença. Aproveitando o momento, o técnico Wanderlei Luxemburgo adiantou a equipe, que passou a fazer uma blitz no campo de defesa dos donos da casa.

Aos 35 minutos, o Santos chegou a igualdade. Kléber Pereira aproveitou o cochilo da zaga paranista, driblou Gabriel e tocou para o fundo das redes, decretando a igualdade. Apesar do empate, a situação parecia sob controle, certo? Errado. Trinta e nove minutos, a zaga paranista bate cabeça mais uma vez e novamente ele, Kléber Pereira, o carrasco paranista, surgiu para fazer o vira e silenciar o Durival de Britto, para uma atônita torcida, que não entendia como o time, que vencia até os 27 minutos do segundo tempo, permitiu uma virada incrível em 11 minutos.

Só restou ao tricolor se mandar para frente, mas a afobação e o nervosismo dos jogadores impediu que o time chegasse, pelo menos, à igualdade. Após o apito final, a torcida vaiou o time, que vê sua situação na Primeira Divisão complicada. Para ainda se manter com chances de não cair, o Paraná terá que torcer pelos tropeços de Corinthians e Goiás e, obrigatoriamente, vencer o Vasco da Gama na última rodada.

O coma em que o Paraná entrou parece profundo e irreversível, mas enquanto houver chance, há esperança, que é o que restou ao clube e a sua torcida para permancer na elite em 2008.

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