Paraná joga mal e perde para o Figueirense

Uma noite para ser esquecida. No duelo entre clubes em situações opostas, a apatia tricolor fez a diferença. O Paraná perdeu para o Figueirense (2×0), deixando um grande ponto de interrogação na cabeça dos paranistas.

O "projeto Libertadores" fica comprometido após o revés diante do time catarinense, que entrou em campo na "lanterna" e termina a rodada ainda na zona de rebaixamento (20.º lugar). Foi o fim da série invicta de cinco jogos da equipe de Luiz Carlos Barbieri, visivelmente fragilizada pela ausência de três titulares.

"Não jogamos." O desabafo do goleiro Flávio resume o Paraná Clube no primeiro tempo do jogo. Desatento e errando passes em demasia, o Tricolor lembrou seus piores momentos no Brasileirão – naquela seqüência de quatro derrotas, no início do returno. Caricato, o time de Barbieri foi superado com relativa facilidade. O desesperado Figueirense precisou apenas de "balões" para a área e em pouco mais de dois minutos construiu a sua vantagem.

Foi numa jogada assim que o time catarinense abriu o placar em um jogo até então sonolento. A bola foi alçada no costado de Daniel Marques, Alessandro bateu cruzado e a defesa completou a "lambança". Parral tentou tirar, a bola bateu em Neguete e entrou. O árbitro, na súmula, deu gol para Alessandro. Não deu tempo nem para se recuperar do golpe. Dois minutos depois, Adriano protegeu a bola e rolou para Edmundo. O "Animal" driblou Neguete com estilo e fuzilou Flávio: 2×0.

Com um placar confortável, o Figueirense passou a minar a defensiva tricolor com os constantes avanços do volante Carlos Alberto – que atuou como um ponta-direita. Do outro lado, o Paraná reclamou duas penalidades máximas. Primeiro em Borges, mas a bola sobrou para André Dias, que chutou para fora. Depois, no próprio André, que driblou Gustavo e foi desequilibrado pelo goleiro. Nesse momento, Barbieri mudou de estratégia, tirando o zagueiro Neguete para a entrada do meia Sandro.

O Tricolor ganhou consistência no meio-de-campo, mas pouco perigo levou a Gustavo. Barbieri deixou clara a sua insatisfação. "Só espero que no segundo tempo o Paraná entre em campo", disparou. O time voltou mais "ligado", porém, foi do Figueirense a primeira chance real de gol. Em cobrança de falta, Edmundo "carimbou" a trave de Flávio. Sem a mesma eficiência pelos lados do campo, o Paraná não conseguiu penetrar na bem postada zaga catarinense. E, como Éder não estava bem, o poder de criação do Paraná ficou comprometido.

Nem mesmo as alterações -com as entradas de Fernando Gaúcho e Maicosuel – surtiram efeito. Melhor para o Figueirense, que só teve o cuidado de administrar o resultado, arriscando muito pouco em isolados contra-golpes. Uma derrota que coloca em xeque as pretensões do clube de pela primeira vez chegar à Copa Libertadores da América.

CAMPEONATO BRASILEIRO
32ª RODADA
FIGUEIRENSE 2×0 PARANÁ CLUBE

FIGUEIRENSE: Gustavo; Marquinhos Paraná, Cléber, Vinícius e Paulo Sérgio; Rodrigo Souto (Márcio Martins), Carlos Alberto, Bilu e Edmundo; Adriano (Alexandre) e Alessandro (Moreira). Técnico: Adilson Batista.

PARANÁ: Flávio; Daniel Marques, Neguete (Sandro) e Aderaldo; Neto, Pierre, Beto, Éder (Maicosuel) e Parral; Borges e André Dias (Fernando Gaúcho). Técnico: Luiz Carlos Barbieri.

SÚMULA
Local: Orlando Scarpelli (Florianópolis).
Árbitro: Wallace Nascimento Valente (ES).
Assistentes: José Ricardo Maciel Linhares (ES) e Alfonso Scarpati (ES).
Renda: R$ 59.515,00.
Público: 5.359 pagantes (5.645).
Gols: Alessandro a 14° e Edmundo a 16° do 1º tempo.
Cartões amarelos: Carlos Alberto, Bilu, Adriano e Rodrigo Souto (Figueirense). Neguete, Aderaldo, Daniel Marques, Pierre e Neto (Paraná).

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