Paraná faz ?pacto? de recuperação

Os jogadores do Paraná Clube fizeram um pacto para dar um bico na má fase. A reunião, pedida pelos atletas – e aprovada pelo técnico Luiz Carlos Barbieri – durou aproximadamente quarenta minutos. No vestiário e apenas entre eles, os jogadores discutiram a situação do time e prometem retomar o bom futebol a partir de amanhã, frente ao Palmeiras, às 16h, em Maringá. Para atingir essa meta, o Tricolor terá também que quebrar o tabu que o acompanha na série de jogos no Willie Davids.

Todos admitem que melhor seria jogar no Pinheirão, mas deixaram o local da partida em segundo plano. ?O que importa é a consciência coletiva de que precisamos melhorar?, afirmou o capitão Beto. Na condição de líder do elenco – não só apenas dentro de campo – ele foi o responsável pela conversa reservada entre os atletas. ?As duas últimas partidas nossas foram muito fracas. Principalmente porque o coletivo não funcionou e assim entregamos o jogo com uma preocupante facilidade?, analisou.

O objetivo da reunião, segundo Beto, foi fazer com que o grupo recupere a mobilização que norteou a campanha do Paraná ao longo do primeiro turno deste Brasileirão. ?É importante que cada um tenha uma auto-crítica e que tenha a inteligência de buscar soluções para esta má fase?, disse Beto. O volante acredita que não está ocorrendo excesso de individualismo. Muito pelo contrário. ?Nosso time sempre primou pelo coletivo. Por isso, quando uma ou duas peças não estão bem, é uma situação superável. Agora, se a maioria não rende, fica difícil?, explicou.

Para Beto, o grupo pode buscar a volta por cima com aplicação tática e sem o marasmo das últimas partidas. ?Se não dá na técnica, tem que ir na força. Só assim vamos recolocar as coisas nos trilhos, pois tem muito campeonato pela frente.? O volante acredita na força do elenco para recuperar uma posição de destaque no campeonato e dar nova resposta aos videntes de plantão. ?Foi só a gente perder dois jogos para começarem a apostar na nossa queda. Temos força para chegar e cabe a nós dar uma resposta dentro de campo.?

Para voltar a vencer – o que não ocorre há quatro rodadas – o Tricolor terá que se superar em ?terreno inimigo?. Nos três jogos disputados em Maringá, além de adversários de porte, o clube encarou também a torcida maringaense, toda favorável aos representantes paulistas. Foram duas derrotas (para Corinthians e São Paulo) e um empate (Santos).

André Dias e Aderaldo voltam ao time em Maringá

Sem surpresas. Foi assim o coletivo, ontem à tarde. Barbieri fez várias observações ao longo da atividade, mas aprovou a movimentação do time, que na teoria adota uma postura mais ofensiva amanhã. Tudo por conta da volta de André Dias, recuperado de uma tendinite na coxa direita. Com o atacante, o treinador decidiu sacar o volante Mário César e efetivar Thiago Neves na sua real posição.

?O trabalho foi bom e o time está aí. Agora, é colocar em prática no jogo, pois só treinar bem não adianta?, frisou Barbieri. O técnico ressaltou a necessidade do time fazer da humildade a sua principal arma. ?Humildade, mas com ousadia, é bom frisar. Quando digo humildade é no sentido de que todos precisam estar ligados e ajudando na marcação. Somos um time de pedreiros?, disse. O treinador procurou armar o time suplente com base no posicionamento adotado pelo Palmeiras no jogo da última quinta-feira.

?O Leão utilizou o 4-4-2 e depois o 3-5-2. Temos que estar precavidos para as duas situações?, explicou.

Barbieri conta ainda com a volta de Aderaldo à zaga e, diante da ausência de Marcos, suspenso, João Paulo será o líbero. ?Não há problema algum. Nas categoria de base, sempre atuei nesta função?, lembrou João Paulo. O jogador só foi confirmado após um teste, pois se queixava de dores musculares. Por precaução, João Paulo saiu de campo antes do término da atividade, quando Barbieri testou um 4-4-2, com Mário César entrando no meio-de-campo.

Voltar ao topo