Paraná Clube retrancado para duelo contra o Ceará

O Paraná Clube terá que superar suas já conhecidas limitações e derrubar alguns tabus para não voltar a flertar com o rebaixamento a partir deste sábado. O jogo das 16h10, no Castelão, frente ao Ceará-CE indicará se o time de Roberto Cavalo tem condições de, ao menos, chegar ao fim da temporada livre de sufoco ou se o torcedor paranista terá que voltar a rezar para o seu time não despencar para a Série C.

E para buscar miseravelmente um pontinho em Fortaleza, o técnico Roberto Cavalo não pestanejou ao armar uma tremenda retranca. Vai com um sexteto essencialmente marcador para frear o ímpeto cearense.

Ao menos na teoria. Cavalo decidiu retornar ao 3-5-2, mas desta vez escalando três volantes no meio-de-campo. Uma ideia que acabou reforçada pela ausência de Davi.

Sem o seu principal articulador, o treinador promove a volta de João Paulo ao meio-de-campo e ele formará com Adoniran e Luiz Henrique o trio incumbido de parar Geraldo e Cia.

“Vamos priorizar a marcação, mas sem abdicar de jogar”, avisa Cavalo. Para isso, quer muita dinâmica desses volantes, já que por característica os três têm boa condução de bola e visão de jogo. “E, com esses jogadores, também dou uma folga ao Rafinha, que não terá responsabilidade com a marcação, ficando livre para encostar no Wellington Silva”, comentou o técnico paranista.

Além disso, Cavalo também recompôs a zaga, com a volta de Montoya. Com isso, Élton volta a atuar como líbero, função em que apresentou melhor desempenho nesta Série B. Dedimar, antes titular absoluto, agora terá que se contentar com o banco de reservas.

“Estou feliz por voltar. Acho que havia feito bons jogos, mas o técnico optou por jogar só com dois zagueiros. Faz parte”, disse Montoya. Ele atuará como “zagueiro da caça”, pelo lado esquerdo da defesa. “Pelo outro lado, até arrisco descer mais. Mas, como a esquerda ainda é cega, vou ficar mais fixo à marcação”, disse o defensor.

Para não ver a turma da ZR encostar de vez, o Paraná terá que, além de marcar muito, ser eficaz nos arremates. Só assim terá chances de derrubar dois tabus. O primeiro, de nunca ter vencido o Ceará (em cinco jogos, uma derrota e quatro empates). Já o outro envolve um jejum de quase três anos.

O último triunfo tricolor atuando no Norte-Nordeste ocorreu em 8 de outubro de 2006. Nessa data, o Paraná fez 3×1 no Santa Cruz, no Arruda. De lá para cá, viagem para esta região é sinônimo de retorno com “a sacola cheia”. Foram dezesseis jogos, com cinco empates e onze derrotas. Como diria “aquele”: haja coração (ou seria oração?)!

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