Na Vila Capanema

Paraná Clube quer vencer para se garantir na Segundona

O Paraná Clube entra em campo hoje às 21h50, no Durival Britto com a missão de reduzir a zero o risco de rebaixamento para a Terceirona. A inglória tarefa já não mobiliza a torcida paranista, que não vê a hora de mais uma temporada sofrida terminar. Por três anos consecutivos, a história se repete: erros de planejamento (se é que ele existe) e o Tricolor segue como um mero figurante da Série B.

A bola da vez é o América-MG, do “pantera” Flávio. Após a primeira derrota sob o comando de Roberto Cavalo (1×0, para o Bahia), o Paraná tenta chegar aos 46 pontos.

A marca é considerada definitiva para garantir presença no segundo escalão do futebol nacional. Quase um “prêmio de consolação” diante de sucessivos fracassos. “Ainda há um risco, mesmo que pequeno. Por isso, temos que somar mais três pontos o quanto antes”, afirmou Roberto Cavalo.

Hoje ocupando uma modesta 11.ª colocação, o Paraná mantém uma distância relativamente segura para a ZR, mas viu qualquer sonho de acesso escoar pelo ralo diante do resultado negativo na última sexta-feira.

“Há até uma chance matemática. Mas, temos que admitir que ela é remota. O clube, na verdade, está pagando o preço pela falta de organização”, disparou o goleiro Juninho, escancarando que, não fossem os muitos pecados administrativos, o Tricolor estaria brigando pelo G4.

“Na verdade, os números mostram isso. Não tivemos aquele início de temporada ao acaso. A reação sob o comando do Cavalo também mostra que o grupo tem qualidade”, analisou o camisa 1. “Só que, no futebol, só isso não faz um clube vencedor. Há muita coisa envolvida”.

Durante toda a temporada, o Paraná conviveu com salários atrasados. Pior do que isso: as previsões para 2011 não indicam soluções para esta carência financeira. No jogo de hoje, Roberto Cavalo escala o “ataque ideal” para superar os mineiros. Com a volta de Rodrigo Pimpão, após cumprir suspensão, o treinador arma um time que alia a habilidade de Kelvin à velocidade de Pimpão.

O restante do time é o mesmo de outras jornadas. Um 3-5-2, priorizando a marcação e fazendo dos contragolpes mesmo em casa a principal arma para derrotar o América e, assim, poder dar início às reformulações (necessárias) para um ano novo menos traumático.