Menos de um mês depois, o Paraná Clube reencontra o Nacional em uma verdadeira “prova de fogo”. O jogo desta tarde, às 15h45, no Estádio Erich Georg, em Rolândia, servirá de termômetro para o time de Velloso.
Se uma vitória coloca o Tricolor como um real candidato ao título, um tropeço pode fazer o sonho dos paranistas ruir. O desafio do “novo” Paraná, embalado com um aproveitamento de 80% desde a troca no comando técnico, é mostrar, na prática, que a equipe enfim encontrou equilíbrio e padrão de jogo.
No dia 8 do mês passado, o Nacional impôs ao Paraná a sua mais dura derrota nesta temporada. Os 2×0 e o “totó” de bola que o time levou no segundo tempo determinaram a saída de Paulo Comelli e uma mudança radical na estrutura do departamento de futebol.
Velloso chegou e com serenidade evitou a “caça às bruxas”. Preferiu voltar o seu trabalho no resgate emocional do grupo, fez alguns ajustes, e, com essa estratégia, conseguiu uma guinada. Já são quatro vitórias em cinco jogos, número expressivo para o até então combalido Tricolor, que apresentava aproveitamento de apenas 38,89%.
Dentro das quatro linhas, Velloso só fez fortalecer o 3-5-2 e aumentou o poder de marcação do meio-de-campo com a efetivação do volante Edimar. Corrigindo o setor defensivo, tenta agora melhorar o rendimento do ataque e hoje adota um novo perfil.
Sem o meia Bruninho, lesionado, escalou o centroavante Clênio. Na teoria, vai tentar explorar com dois atacantes natos e com presença de área as dimensões reduzidas do campo de Rolândia. “Se o campo é pequeno, a bola está sempre mais presente na área. Vamos usar essa característica do Clênio e do Wellington Silva”, avisou o treinador.
Velloso não esconde que para pensar em título a projeção obriga o Paraná a vencer o Nacional, mesmo fora de casa. “Estamos mobilizados para isso, mesmo sabendo que o adversário possui um time muito ajustado e que vem de uma vitória convincente”, disse Velloso.
“O Ageu (auxiliar) esteve em Rolândia e nos passou um relatório detalhado. Vamos ter trabalho, mas para chegar aonde queremos, precisamos superar esse obstáculo.” O Paraná terá também que superar um tabu histórico: jamais venceu o Nacional, em Rolândia. Nos dois jogos realizados, não conseguiu sequer empates.
Liberado
O ala Fabinho foi julgado ontem no TJD e pegou um jogo de suspensão. Como já cumpriu, está liberado.
