Paraná Clube pronto para Paranaguá

Sem a preocupação de ?jogar bonito?, o Paraná Clube encara o Rio Branco – às 15h40, no Estádio Nélson Medrado Dias – disposto a garantir vantagem para o jogo de volta, na próxima quarta-feira.

O técnico Luiz Carlos Barbieri quer seu time igualando a ?pegada? e a disposição do adversário, num jogo que promete ser tenso e de muito contato físico. A entrada de Sandro no meio-de-campo é, a rigor, a única mudança estrutural da equipe tricolor, mas a comissão técnica ainda depende de uma reavaliação médica do meia Maicosuel, que teve uma crise gastrointestinal na noite de sexta-feira.

Ao abrir mão de Marcelinho, o treinador mostra suas intenções: não espera um jogo cadenciado (principal característica de Marcelinho) e aposta suas fichas na força física e na velocidade de Sandro. A mudança, no entanto, não significa que o Paraná irá se resguardar. Muito pelo contrário. O que pretende Barbieri é uma melhor ocupação dos espaços, evitando incorrer no seu maior erro nas quartas-de-final. Sem conseguir um bom aproveitamento nos rebotes ofensivos e defensivos, em muitos momentos o tricolor foi envolvido pelo Iraty. ?Todo o trabalho da semana foi focado nesse ponto: melhorar a nossa segunda bola?, justificou.

O atacante Leonardo acredita que com a variação não ficará tão isolado à frente. ?A tendência é que sejamos mais contundentes nos contra-ataques. Mas, é um jogo para transpiração, onde todos têm que marcar?, avisou o artilheiro. No apronto de sexta-feira, Sandro e Maicosuel se revezaram nessa aproximação do atacante, com um dos meias sempre fechando o meio-de-campo. ?Temos que estar atentos nesse ponto, para não deixar um buraco no nosso time?, disse Sandro, empolgado com a volta à condição de titular, depois de dois meses relegado ao banco de reservas. Além desse dupla função dos meias, Barbieri cobrou de Serginho um posicionamento mais avançado, como vinha executando Beto, que hoje cumpre mais um jogo de suspensão.

A definição do time, agora, fica nas mãos dos médicos. Maicosuel deve atuar normalmente, pois participou do recreativo de ontem pela manhã. Porém, a comissão técnica relacionou o meia Franklin para a viagem. ?Vamos ver como será a reação do Maicosuel, pois hoje ele está bastante debilitado?, disse Barbieri. Maicosuel teve uma crise gastrointestinal na concentração e teve que ir para o hospital para ser reidratado. O treinador não quis antecipar um eventual substituto, mas nas entrelinhas deixou a possibilidade de até escalar um atacante – Jeff ou Vandinho – caso o titular seja vetado. ?O Maicosuel só joga se estiver 100%. Senão terei que buscar outra alternativa?, finalizou o treinador.

CAMPEONATO PARANAENSE

SEMIFINAL – JOGO DE IDA

RIO BRANCO x PARANÁ

Rio Branco: Vilson; Baiano, Amaral, Rodrigo e Cleomir: Márcio, Doriva, Fábio Garcia e Ratinho; Clênio e Negreiros. Técnico: Itamar Bernardes.

Paraná: Flávio; Gustavo, Émerson e Neguete; Goiano, Rafael Muçamba, Serginho, Maicosuel, Sandro e Edinho; Leonardo. Técnico: Luiz Carlos Barbieri.

Local: Nelson Medrado Dias (Paranaguá)

Horário: 15h40.

Árbitro: Antônio Denival de Moraes.

Assistentes: Rogério Carlos Rolim e Julio Cesar de Souza.

Antídoto para jogadas aéreas

O tricolor desce a serra com a sua bateria anti-aérea preparada. Gustavo, Émerson e Neguete – auxiliados por Rafael Muçamba – terão a missão de anular a principal arma do adversário: as bolas alçadas na área. Para minimizar o trabalho da zaga, o Paraná promete uma marcação mais agressiva, no campo adversário. ?Quanto menos eles cruzarem bolas, melhor?, comentou Gustavo.

O Rio Branco confia tanto na eficiência de seus cabeceadores que até arremessos manuais são executados com força para a área adversária. ?Estamos precavidos, com uma marcação individualizada em lances de bola parada?, ponderou o zagueiro Émerson, que volta ao time após cumprir suspensão. ?Tem que ser assim. Cada um pega o seu, até o final?, alerta Barbieri. No contraponto da boa performance da equipe parnanguara, está a precisão da zaga do tricolor.

Com apenas catorze gols sofridos em dezesseis jogos, é a melhor da competição. A grande virtude está no número reduzido de gols por jogo. Só em três oportunidades o goleiro Flávio foi vencido por duas vezes, nas derrotas para Londrina e Roma (ambas por 2×1) e no empate com o União (2×2). Em oito jogos o Paraná sofreu um gol e nas outras três partidas ?passou em branco?.

Na média, o Paraná sofreu poucos gols em bolas erguidas para a sua área, em especial nas cobranças de escanteios. ?Nesse jogo, vamos ter que marcar ainda mais forte, ligadíssimos ao longo dos 90 minutos?, avisou Gustavo. O goleiro Flávio, recuperado da entorse de punho, que ameaçou sua escalação, acredita na força do seu time e no bom retrospecto, já que o tricolor sofreu apenas uma derrota, em toda a sua história, jogando na Estradinha. (IC)

Rio Branco

O técnico Itamar Bernardes joga todo o favoritismo para cima do adversário e vê o Leão da Estradinha como franco atirador. Para este jogo, o volante Gian e o atacante Neizinho não devem atuar, dando chance para Fábio Garcia e Negreiros. O meia Ratinho, destaque do time, acha que o Rio Branco precisa fazer a diferença jogando em casa, garantindo a vantagem de ir ao Pinheirão só para administrar a classificação a uma final inédita, em 93 anos de história.

?A gente tem que entrar determinado do aquecimento até o final, para que possamos construir uma boa vantagem?, afirma Ratinho.

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