Paraná Clube pode ganhar pontos de graça no tapetão

O Paraná Clube vai mesmo jogar em Prudentópolis no domingo, às 16h, em partida válida. No final da tarde de ontem, o presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR), Bôrtolo Escorsin, informou que não existe tempo hábil para uma eventual transferência, em função do estatuto do torcedor.

“Encaminhei a súmula à procuradoria e a análise será feita. Entretanto, mesmo em caso de punição, o Prudentópolis só perderá de 1 a 3 mandos de jogo a partir da rodada da próxima semana”, garantiu.

O Prudentópolis sentou no banco dos réus em função de declarações da súmula do árbitro Renato Vieira Júnior, que apitou a partida entre Prudentópolis e Francisco Beltrão, no último final de semana. Nela consta que o auxiliar Marcos de Oliveira teria sido agredido por dirigentes do Prude e o trio de arbitragem teria sido alvo de ofensas morais. A diretoria do Prude não se conforma com a denúncia e assegurou que vai encaminhar uma fita do jogo para provar que não houve agressão e tentar, desta forma, se safar da pena.

Ontem também chegou às mãos de Escorsin a denúncia feita pelo Prudentópolis, que dá conta que o jogador Alex, do Beltrão, teria atuado em duas partidas – contra o Prude e contra o Malutrom – de forma irregular, pois teria vínculo com o futebol paraguaio. Ontem surgiu, nos bastidores, a informação de que um fax da paraguaia estaria na Federação Paranaense de Futebol, mas Escorsin disse desconhecer o fato. “Não me foi entregue fax algum. Apenas a denúncia. Vou analisá-la com cuidado e me pronuncio apenas amanhã”, disse.

Se Escorsin der razão à denúncia, o Beltrão perderá seis pontos, em função do novo código. Sem eles, o time de Beltrão ficará com apenas um ponto e estará automaticamente no torneio da morte. O que é excelente para o Paraná Clube, que precisará apenas de um empate contra o Prude para se classificar à próxima fase. “Independente do que acontecer, vamos em busca da vitória. Mas não dá para esconder que o fato de só dependermos de nós, dá uma tranquilidade excepcional para o jogo”, diz o técnico Saulo de Freitas animado. Mas, por ora, ele e seus comandados terão de esperar a decisão da justiça.

Três disputam a meia

Três jogadores, uma vaga. O técnico Saulo de Freitas fugiu do mais provável – escalar o meia-atacante Alex na vaga do suspenso Éverton – para levantar um mistério para a partida decisiva contra o Prudentópolis, domingo, às 16h, no Estádio Newton Agibert. Inicialmente, pelo bom rendimento de Alex nos treinamentos e quando solicitado na partida contra o Rio Branco fez o meia ganhar pontos com o treinador.

Entretanto, o excesso de improvisações feitas pelo treinador ao longo do campeonato pode o fazer mudar de idéia. Só como exemplo, o próprio Éverton, que tem sido o titular do ataque, é meia de origem e rende infinitamente mais na posição de origem. “O Alex vem muito bem, mas é melhor quando não temos que improvisar”, diz. Para a posição, o treinador tem os pratas da casa Alcides e Cacau. Alcides entrou no decorrer da partida contra o Rio Branco e Cacau entrou nas “fogueiras” contra o Malutrom e Atlético Paranaense. “Vamos testar as opções e definir, mais uma vez, pouco antes do jogo”.

No treino de ontem, ele escalou Alex ao lado de Fábio e Alcides no time de baixo. Cacau ficou com o grupo que estava fazendo trabalhos físicos. “Quero ficar com a melhor condição física que puder”, diz.

O prata da casa está muito empolgado com a possibilidade de finalmente, ganhar uma chance na equipe titular. E o que pode pesar a seu favor é a forte personalidade. Quando entrou em campo contra o Atlético, por exemplo, a derrota já estava delineada, mas ele entrou com tudo no jogo. E só não deixou sua marca porque o goleiro Diego operou verdadeiro milagre – e deixou o gramado com o dedo quebrado.

“Tenho personalidade forte mesmo. Chamo a responsabilidade”, diz o roraimense, cujo curioso apelido nada tem a ver com o fato de se chamar Claudio. “Uma vez beijei uma vizinha que se chamava Andreza. Ela disse que meu beijo tinha gosto de chocolate e meus amigos começaram a pegar no pé. Quando vi, até minha mãe estava me chamando assim”, conta a mais nova aposta do técnico Saulo de Freitas.

Cacau chegou no Paraná no ano passado e logo encheu os olhos do então treinador dos juniores (hoje coordenador das categorias de base), Ary Marques. (GKR)

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