Análise

Paraná Clube não pode apenas ficar na defesa em Arapiraca

Wagner Lopes conversa com o elenco. Paraná não pode recuar diante do ASA. Foto: Giuliano Gomes

O Paraná Clube tem nesta quinta-feira (16), às 21h30, em Arapiraca, talvez o seu principal desafio na temporada. Bem distante da sua torcida, o Tricolor encara o ASA iniciando a trajetória rumo à quarta fase da Copa do Brasil. E este primeiro jogo pode ser mais importante que a volta, na Vila Capanema.

O resultado na partida de ida é que vai ditar o ritmo do confronto em Curitiba. Quem ganhar, vai se fechar e explorar os contra-ataque do derrotado, que vai ter que se expor para reverter a situação. E, neste caso, empatar significa vitória para o time paranista, principalmente se for com gols, uma vez que entrará na Vila Capanema classificado.

O técnico Wagner Lopes sabe disso e certamente vai apostar naquele que vem sendo o ponto forte do Paraná em 2017: a defesa. Em 12 jogos, apenas cinco gols sofridos. O treinador já adiantou que o forte do ASA são as bolas paradas e jogadas em velocidade. Ou seja, defesa com atenção redobrada. Até por isso, ele manteve Júnior na lateral-direita e Diego Tavares mais a frente, para ter marcação em dobro.

A tendência é um Tricolor mais fechado e abusando das velocidades. Porém, Wagne Lopes não pode mudar totalmente a postura da equipe e abrir mão daquilo que vem dando certo até aqui. Mesmo sendo fora de casa, e tendo um segundo compromisso para definir a classificação, atacar tem que ser a arma paranista. Só se fechar, esperando um 0x0 para resolver aqui não é a característica deste time, que sabe a hora certa de atacar. Contra o Cascavel foi assim. Apesar de sair atrás no placar, em nenhum momento o Paraná se afobou e construiu as jogadas.

12 jogos ainda é muito pouco para dizer como vai acabar o ano. Mas o começo é muito animador e mostra que o trabalho está sendo bem feito. Diante de um time que também vem de um começo empolgante, o Tricolor tem que acreditar no que vem fazendo, e Wagner Lopes certamente confia nas peças que tem em mãos.