O Paraná Clube faz no domingo um “jogo de seis pontos”. O São Paulo, com dois pontos a menos, é adversário direto do representante paranaense pelas primeiras colocações no Brasileirão-2003. O encontro de tricolores será no Morumbi, às 18 horas, e o time do técnico Cuca busca a sua primeira vitória fora de casa. Com dois empates e duas derrotas, a meta é melhorar este rendimento na condição de visitante para se manter nas primeiras colocações.
O regulamento só premia os três primeiros lugares (com vaga na Libertadores), mas se manter entre os oito melhores times já vale muito para o Tricolor, que no ano passado passou a maior parte do torneio apenas na luta contra o rebaixamento. Como o campeonato desta vez é por pontos corridos, é importante não “se desgarrar” do grupo que está no topo da tabela. “Até aqui, só saímos desta zona logo após a derrota para o Guarani. Ainda é cedo para prognósticos, mas permanecer à frente é fundamental. Ainda mais para um grupo jovem como o nosso”, comentou Cuca.
É o caso deste jogo contra o São Paulo. Com uma vitória, o Paraná pode até se isolar na terceira colocação. Caso haja empate, na pior das hipóteses, será sexto. “Há ainda muito equilíbrio. Tanto que há seis times logo atrás da gente e outros tantos que têm somente quatro pontos de desvantagem”, comentou o meia Marquinhos.
No duelo deste domingo, duas equipes que vivem momentos distintos. Enquanto o Paraná apresenta um padrão tático aplicado desde o início da competição por Cuca e uma zaga sólida, o São Paulo ainda busca substituto para Oswaldo de Oliveira e uma das defesas mais vazadas da competição. Porém, o milionário clube paulista joga em casa diante de um time de operários. Cuca evita “retrancas”, mas não abre mão de marcações individuais sobre as principais “estrelas” adversárias.
Foi assim que o Paraná “parou” o badalado Santos na primeira rodada deste Nacional. “E, naquela época, estávamos ainda em formação. Muita coisa mudou deste então. Hoje já há um entrosamento muito melhor”, destacou o capitão Ageu. Os jogadores reconhecem que o Tricolor ainda precisa encontrar um padrão ideal para jogar fora de casa. “Acho que são pequenos detalhes que ainda podem ser corrigidos. Temos que ter a mesma segurança do jogo contra o Fluminense, por exemplo, mas com a condição de chegar à frente para marcar gols”, disse Renaldo.
Cuca preferiu iniciar a semana sem cobranças. No jogo frente à Ponte, ele reclamou dos passes errados e das finalizações. “Foram situações do jogo e que serão acertadas”, avisou. Ele não confirmou, mas deve escalar Émerson no meio-de-campo, justamente pela sua melhor condição de passe. Como Émerson é “segundo volante”, na análise da comissão técnica, Goiano seria o mais indicado a perder a vaga. Como o treinador não quer correr o risco de “chamar o São Paulo para o ataque”, dificilmente ele irá recorrer a um meio-de-campo com três volantes. Assim, Fernandinho seria mantido, assim como a estrutura tática do time.