Nesse processo de transformação do Paraná Clube, as duas próximas semanas serão decisivas. Este é o tempo do qual dispõe o técnico Ricardo Pinto para encaixar as peças no Tricolor. A partir de amanhã, todos deverão estar registrados e aptos a atuar, o que irá acirrar a disputa por uma vaga entre os titulares.
O próprio Ricardo Pinto admite que, hoje, o ponto positivo é a diversidade de opções. “Com todas essas peças, podemos testar variações táticas para os próximos jogos”, disse o treinador, que desde a sua chegada sempre trabalhou num 4-4-2. “Essa definição depende muito do adversário. O importante é que agora temos material humano para buscar a melhor formação”, comentou.
O Paraná só entra em campo no próximo sábado, para encarar o Americana-SP, no interior paulista. Depois desse jogo, Ricardo Pinto terá novamente quase uma semana inteira de treinamentos, antes do jogo, em casa, frente ao Salgueiro-PE. “Os quatro pontos conquistados deram tranquilidade para o grupo. É muito melhor poder corrigir erros e acertar o time sem a pressão de uma derrota”, lembrou o técnico paranista. Um quadro oposto ao que ele viveu durante todo o Campeonato Paranaense. “Naquele momento, a cada jogo tínhamos a obrigação de vencer. O fardo que os atletas carregavam era terrível”, lembrou.
Hoje, com um grupo muito mais maduro, Ricardo Pinto espera promover os ajustes necessários sem traumas. A forma como o goleiro Zé Carlos, o zagueiro Cris, o ala Lisa e o meia Welington se encaixaram no clube serve de exemplo para aqueles que ainda não estrearam. Na prática, a comissão técnica passa a contar com muitas opções para a formação do meio-campo, coincidentemente o setor que mais oscilou ao longo dos dois primeiros jogos desta Série B. Para o jogo em Americana, Ricardo Pinto já conta com três novos volantes: Éverton Garroni, Júnior Urso e Cambará. Além disso, ganha também reforços de criação como Jeferson e Rone Dias.
O treinador, além das opções, ressalta como um aspecto positivo o comprometimento de todo o grupo ao longo da intertemporada, estendida até ontem. “Foi um período excepcional. Além da integração que vimos entre os jogadores, foram semanas de muito trabalho e nenhuma reclamação”, destacou Ricardo Pinto.
O Paraná Clube ficou “confinado” na SportsVille, em Quatro Barras, por três semanas. “Foi uma ótima preparação, onde pudemos cuidar da preparação, da alimentação e do repouso dos jogadores. Essa período trará um ganho futuro muito importante para todos”, arrematou o técnico.