O torcedor do Paraná Clube comemora os bons resultados das últimas partidas e os mais sonhadores já imaginam o Tricolor brigando pelo acesso ao final do ano. No entanto, a comissão técnica e os jogadores evitam a euforia e preferem adotar o discurso dos pés no chão e da simplicidade.
E racionalmente, realmente a situação é ainda bem complicada. O time está há oito pontos do Avaí, equipe que fecha o grupo dos melhores colocados. Além disto, na recente história dos campeonatos de pontos corridos, a equipe que menos pontuou foi o Vitória, em 2007, com 59 pontos. Atualmente, o Tricolor está com 22 pontos, ou seja, seria necessário somar 37 pontos. Seriam 12 vitórias e um empate, com 19 rodadas pela frente.
O que motiva neste momento é o rendimento do time dentro de casa. Na Vila Capanema são quatro vitórias consecutivas (ABC, Vila Nova, Icasa e Bragantino), e mantendo a performance de êxitos no seu reduto, o Paraná somaria mais trinta pontos (tem dez jogos como mandante). Faltaria somar como visitante e isto vem sendo um complicador até agora, faltando uma rodada para fechar a primeira parte da Segundona. A equipe venceu somente na estreia, o Sampaio Corrêa, por 2×0. Depois disto, foram cinco derrotas e três empates.
A próxima partida é fora de casa e o Paraná enfrentará no sábado, o América-RN, na Arena das Dunas. O adversário terá uma semana desgastante, pois jogará diante do Atlético, na quarta-feira, pela Copa do Brasil, também em Natal. Uma chance para o time de Claudinei Oliveira quebrar a escrita de não ganhar longe de Curitiba e aumentar as chances de subir na tabela de classificação da competição nacional.
Um dos pontos positivos no atual momento é a regularidade da equipe no período pós Copa do Mundo. Após a retomada do campeonato, o Paraná obteve 13 pontos e estaria na sexta colocação se a competição tivesse iniciado no dia 15 de julho (primeira rodada depois da final do Mundial). A comissão técnica acredita que o empenho no trabalho na intertemporada foi fundamental para este crescimento.
“A gente sempre pede tempo para trabalhar. E se você tem tempo e o time não evolui, fica parecendo que não trabalha. Fico feliz com a evolução”, disse Claudinei Oliveira.
Poucas alterações
A equipe não deverá sofrer grandes mudanças para o jogo contra o América, sábado, em Natal. O goleiro Marcos cumpriu a automática na vitória contra o Bragantino e retorna ao gol, apesar da grande atuação do jovem Murilo.
Ainda na zaga, a expectativa para a recuperação do Alisson. O atleta deixou o gramado sentindo um desconforto no quadril e será avaliado pelo departamento médico. Caso venha a ser vetado, Anderson Rosa entra na vaga.
O técnico Claudinei Oliveira também aguarda o meia Lúcio Flávio. O experiente jogador desfalcou o time nas últimas duas rodadas devido a uma lesão muscular na coxa esquerda. No entanto, a principal ausência é do meio-campista Marcos Serrato, que cumpre suspensão.
