Paraná Clube é derrotado pelo J. Malucelli por 3 a 0

Escrever sobre J. Malucelli 3 x 0 Paraná Clube seria como escrever sobre as tantas derrotas do Tricolor em 2008. Pois parecia que a estreia do time no Campeonato Paranaense era apenas mais um jogo da lamentável série negativa do ano passado. É certo que é preciso dar tempo ao novo elenco, recém-formado e ainda fora de forma, mas levar uma goleada logo no 1.º jogo é um golpe e tanto na torcida, que imaginava que, daqui para frente, tudo seria diferente.

O Paraná colocava oito de seus 16 reforços em campo. Era, portanto, uma equipe completamente diferente daquela que terminou o Campeonato Brasileiro da Série B. Permanecia o técnico Paulo Comelli, mas a formatação tática era outra, os jogadores eram outros e a expectativa era muito grande. A torcida que estava no Ecoestádio do J. Malucelli queria ver vontade, qualidade técnica e resultados positivos. “Nosso torcedor pode acreditar que teremos um grande ano”, prometeu o presidente Aurival Correia ao chegar no Barigui.

Como dizia Garrincha: “só faltou combinar com os russos”. O 1.º tempo fez parecer que o ano de 2008 não havia terminado, tal a fraqueza do Tricolor. O meio-campo, apontado por Comelli como a alma do novo time, fracassou redondamente. Kléber estava fora de posição, Hernani se arrastava, Gedeon não acelerava o jogo e Lenílson nem aparecia para jogar. Na frente, Wellington Silva e Abuda não ofereciam perigo ao trio de zagueiros do Jotinha.

E os donos da casa fizeram o Paraná de gato e sapato. Aos 9 minutos, a ironia do destino: Leandro, que acabou não ficando no clube após um bom 2.º semestre, abriu o placar e fez o 1.º gol do estadual. Quatro minutos mais tarde, uma falha de todo o sistema defensivo (Hernani errou o passe e a zaga se abriu) facilitou a vida de Cícero, que ampliou. E, aos 30, João Paulo e Jonathas bateram cabeça, Felipe saiu como louco e fez pênalti em Bruno Batata. Ele mesmo cobrou e fechou a 1.ª etapa com um confortável (e justo) 3 a 0 para o J. Malucelli. “É difícil para explicar. Tivemos um apagão”, disse o apagado Lenílson.

Sensações

Ele permaneceu no time, mas Paulo Comelli sacou Gedeon e Wellington Silva para as entradas de Agenor e Wando (o nono estreante da tarde). As alterações deixaram o Paraná mais equilibrado, e com isso tendo maior posse de bola, mas isto pouco adiantou. Apesar de controlar taticamente o 2.º tempo, o Tricolor viu os donos da casa chegarem quatro vezes na cara do gol – não fosse Felipe e o vexame seria maior. Ao final do jogo, duas sensações: uma, o estrago poderia ser maior; outra, o ano vai ser longo.

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