Oficialmente, o Paraná Clube já vive período de férias. Porém, os integrantes da comissão técnica seguem trabalhando. Já está agendada uma reunião para a próxima segunda-feira quando serão definidos todos os detalhes sobre a pré-temporada que será desenvolvida em duas etapas. Caio Júnior também conversa com o presidente Enio Ribeiro para avaliar o atual elenco e a possibilidade de aquisição de reforços para a temporada 2003. É certo que o clube tem carências nas laterais e no meio-de-campo.
As contratações, porém, dependem da previsão orçamentária para o ano que vem. A mudança no calendário tende a provocar uma significativa redução em relação à folha de pagamento do Tricolor. Ao longo de todo o segundo semestre – com a definição da cota de tevê em apenas R$ 180 mil/mês – o Paraná acumulou um déficit superior a R$ 100 mil mensais. Hoje, o “rombo” giraria em torno de R$ 2 milhões. A saída para o clube seria a venda de um de seus jogadores e Márcio é a “bola da vez”.
O artilheiro continua sendo cogitado por vários times do futebol brasileiro, mas a crise geral é um obstáculo quase intransponível. Diretoria e jogador não comentam sobre o assunto, mas sempre que o período de “pesquisa de mercado” tem início, clubes como Flamengo e Corinthians voltam à carga. É certo que o Paraná deve negociar Márcio, mas apenas de forma definitiva, não aceitando sua liberação por empréstimo. Por isso, o destino do goleador pode ser a Europa.
Caio Júnior sabe que a ausência de Márcio não será suprida com facilidade. “Ele fez mais um grande campeonato e é um jogador muito importante para o clube. Mas, vamos ter que encontrar um substituto caso ele realmente seja negociado”, comentou o treinador. A diretoria tem buscado contatos para ter uma certeza quanto às cotas de tevê para o ano que vem, onde o Brasileirão será disputado em oito meses. Devido à esta mudança, a comissão técnica está preocupada em ter um time armado já em janeiro, visando toda a temporada 2003.