Paraná Clube bate o Vitória pela Copa do Brasil

Não foi com a vantagem pretendida, mas o Paraná Clube cumpriu as duas principais metas na largada da 2.ª fase da Copa do Brasil: venceu e não tomou gols. O Tricolor pressionou, abriu o placar e manteve o 1 x 0 diante do Vitória, ontem, na Vila Capanema.

Vai com vantagem para o jogo de volta, dia 2 de abril, em Salvador, e pode até perder por um gol de diferença, desde que marque gol. Se passar, enfrenta o Internacional (RS) nas oitavas-de-final.

Animado pela festa da Gralha Azul, o Tricolor começou a partida a todo vapor. Até demais, porque o ímpeto ofensivo transformou-se em ansiedade. Os erros no ataque – principalmente de Giuliano -impediram o Paraná de assustar o atrapalhado goleiro Ney. Quando tocou melhor a bola, o time da casa chegou com mais perigo. Aos 23, em jogada de Jumar pela direita, Joelson bateu rente à trave. O mesmo Joelson, aos 43, recebeu livre na área e bateu firme pras redes.

O assistente Marco Antônio Gonzaga da Silva já havia assinalado impedimento – os paranistas pouco reclamaram, mas o atacante tricolor tinha condição legal. Enquanto isso os baianos, que mantinham apenas o (bastante) isolado Michel à frente, limitavam-se à defesa e falharam nas raras tentativas de contragolpe.

No intervalo, Bonamigo mexeu geral, buscando mais força ofensiva: saíram Nem e Giuliano para a entrada de Daniel Cruz e do estreante Clênio – Éverton deixou a ala e voltou ao meio-campo. Como Vadão também tirou um zagueiro, substituído por um volante, o jogou ficou mais aberto e emocionante.

Melhor para o Tricolor, que ganhou presença à frente, marcou mais no campo ofensivo e promoveu uma blitz sobre os baianos. Foi uma série de escanteios, jogadas pelos lados (principalmente o esquerdo, por onde Éverton caía muito bem) e faltas laterais, que mantiveram a bola rondando a área de Ney. A torcida jogou junto e o Vitória, acuado, não conseguiu chegar. O gol era uma questão de tempo. E saiu aos 21, após linda cobrança de falta de Léo. A bola bateu na quina da trave e sobrou limpa para Joelson empurrar de cabeça pro gol: com inteira justiça, Paraná 1 x 0.

O Tricolor animou-se com a vantagem e seguiu fustigando. Mas errou muitos passes no campo ofensivo e não conseguiu criar. Assim, o Vitória, já com dois atacantes, cresceu e a partir aos 30 minutos passou a ser perigoso pela primeira vez no jogo. Algumas faltas laterais e duas chances valiosas de Marquinhos e Ramon causaram calafrios na torcida, que por outro lado quase comemorou mais um numa cabeçada de Joelson. Mas o time segurou as pontas e  comemorou a vitória por 1 x 0.

COPA DO BRASIL

2ª FASE  – JOGO DE IDA

PARANÁ CLUBE 1 x 0 VITÓRIA

PARANÁ

Fabiano Heves; Daniel Marques, Nem (Daniel Cruz, intervalo) e João Paulo; Araújo, Jumar, Léo, Cristian e Everton (Beto, aos 40? do 2º.); Giuliano (Clênio, intervalo) e Joelson.

Técnico: Paulo Bonamigo.

VITÓRIA

Ney; Marcelo Batatais, Rafael Santos (Ramirez, intervalo) e Anderson Martins; Carlos Alberto, Vanderson, Bida, Jackson (Diego Silva, 16? do 2.º), Ramon e Gustavo; Michel (Marquinhos, 27? do 2.º).

Técnico: Oswaldo Alvarez.

Local: Durival Britto (Curitiba).

Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (DF).

Assistentes: Marco Antônio Gonzaga da Silva (SP) e Hilton Francisco de Melo (SP).

Gol: Joelson, aos 21? do 2.º tempo.

Cartões amarelos: Vanderson, Marcelo Batatais (V), Nem, Cristian (P).

Público: 6.079 pagantes (Total: 6.776).

Renda: R$ 78.376.

Bona elogia setor defensivo

Pela terceira partida seguida, o Paraná Clube deixa o gramado sem sofrer gol. E com um uma vitória de 1 x 0 no bolso. Bem ao gosto do técnico Paulo Bonamigo, o Tricolor começa a se acertar de trás para frente.

Bonamigo, que lembrou antes do jogo da importância de não sofrer gol diante do Vitória – o gol marcado fora de casa é critério de desempate – , elogiou bastante a postura defensiva tricolor. ?Estivemos muito bem atrás e os volantes foram bastante firmes. A boa postura defensiva nos dá sustentação para jogar mais agressivamente.

O técnico valorizou também a posse de bola do Paraná, que exerceu forte pressão sobre os baianos até marcar seu gol. ?Tivemos volume muito forte diante do nivelamento das equipes. Contra o Iraty não houve tamanho controle da partida. Temos que buscar a regularidade desta performance?, pediu.

Até voltar a jogar na Copa do Brasil, daqui a duas semanas, o Tricolor concentra forças no Campeonato Paranaense. O elenco folga hoje, viaja amanhã e no sábado encara o Engenheiro Beltrão no interior do Estado.

Gralha Azul dá show na Vila

Com um evento inspirado nos espetáculos esportivos norte-americanos, o Paraná Clube aproveitou o jogo com o Vitória para apresentar seu novo mascote. A Gralha Azul, que a partir de agora acompanhará os jogos do Tricolor em casa, aterrissou com pompa no gramado da Vila Capanema e foi saudada pela galera.

Antes do vôo do mascote, meia hora antes da partida, a cantora Gisele Santos interpretou o hino do Paraná Clube no centro do gramado. Depois, com música de suspense ao fundo e jogo de luzes e sombras, a ave deu as caras. Iluminada apenas por holofotes, a Gralha Azul desceu dos camarotes superiores através de um cabo de aço e ?voou? até o gol da Curva Norte, caindo quase aos braços da Fúria Independente. Depois de queima de fogos, o personagem deu a volta ao redor do gramado para ganhar aplausos do povo e da diretoria. E ainda ?chamou? o time pra entrar em campo.

O diretor de marketing Marcelo Romano, que seguiu a gralha durante a volta olímpica, relembrou a importância deste tipo de ação. ?A gralha permite explorar uma série de produtos licenciados e aproxima o time do público, especialmente o infantil?, falou. Itens como o chapéu da gralha já foram vistos nas sociais da Vila. Quando o jogo começou, a Gralha Azul ficou pulando atrás do gol de ataque, agitando a galera.

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