Paraná Clube aproveita a folga para equilibrar o grupo

A rotina do Paraná Clube foi alterada pela “folga” na tabela da Série B. Desde a chegada da comissão técnica e da maioria dos catorze reforços contratados o clube passou por um período de adaptação, com treinos de menor intensidade.

Afinal, Zetti precisava conhecer o grupo e evitar qualquer sobrecarga em meio à largada da Série B. Por isso, os primeiros dias desse suposto descanso se transformaram no primeiro período disponível para um conhecimento técnico dos atletas. Um conhecimento calcado em números.

As avaliações físicas foram supervisionadas pelo fisiologista Marcos Walczak e os dados servirão para que os treinos daqui por diante possam ser individualizados de acordo com a necessidade de cada atleta.

“Vamos ter um quadro preciso das diversas valências necessárias aos jogadores, como força, velocidade, resistência específica, flexibilidade, coordenação neuromuscular”, comentou o preparador físico Rodrigo Rezende. “São vários aspectos e nem sempre os jogadores apresentam uma homogeneidade. Um está mais rápido, mas menos resistente, outros faltam força e assim por diante. Vamos trabalhar todos esses pontos de forma equilibrada, buscando tirar o máximo de cada jogador”, explicou o preparador.

Uma missão “espinhosa” diante do perfil do atual grupo tricolor. Dos 30 jogadores que integram o elenco principal, sem considerar aqueles que estão em disponibilidade, quase a metade chegou no início desta Série B.

“E todos vieram de centros distintos. Alguns estão parados há mais tempo, alguns estavam treinando em academia. O desafio é tornar esse elenco o mais homogêneo possível”, afirmou Rezende.

Tudo isso com a cautela de minimizar lesões, em especial as musculares. “Traumas fazem parte do jogo. Mas a base do futebol é planejamento. Por isso, mantemos um trabalho muito próximo do departamento médico e da fisioterapia, sempre evitando sobrecarga ou a queima de etapas na recuperação de um atleta”, explicou.

Além disso, Rodrigo Rezende considera o trabalho profilático fundamental. “É importante prevenir lesões, com o fortalecimento de região pélvica (púbis), posterior de coxa, adutor, áreas mais exigidas num atleta de alto rendimento.”

Mesmo sendo um esporte coletivo, onde os treinos também seguem essa rotina, os cuidados individuais estão cada vez mais presentes no dia a dia de um time de futebol.

“Temos que estar atentos a tudo, com um bom diálogo com os jogadores, sabendo a hora de exigir mais ou de reduzir a carga de treinos”, ponderou. No atual elenco, o meia Dinelson e o atacante Alex Afonso são os melhores exemplos dessa monitoração constante. “São jogadores com histórico de lesões. Então, temos que ter uma percepção aguçada para saber a hora de retirá-los de alguns treinos, sempre visando a presença deles nos jogos”, admitiu Rezende. “Um  trabalho constante, onde nenhum detalhe pode passar despercebido”, arrematou.

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