Paraná Clube ainda não tem o time definido

Renaldo ou Wellington Paulista? 3-5-2 ou 4-4-2? Pela primeira vez neste Brasileirão o Paraná Clube não saiu definido de um coletivo apronto. Parte da dúvida se deve à nova diretriz adotada pelo técnico Lori Sandri, que agora só dá entrevistas duas vezes ao longo da semana. Diante do "silêncio" do treinador e das duas alterações processadas ao longo do treinamento, ficou difícil apostar na escalação que o tricolor terá no jogo de amanhã – às 16h, no Pinheirão – frente ao Atlético Mineiro.

Na saída do gramado, Lori Sandri disse apenas que o time só será oficializado hoje. "Assim, o adversário não tem acesso prévio àquilo que iremos armar para o jogo", afirmou. Desde que assumiu o comando do Paraná, ainda no estadual, Lori Sandri poucas vezes fez mistério. Da mesma forma, sempre iniciou as partidas com a mesma equipe utilizada nos coletivos. Essa regra, desta vez, pode ser subvertida. Há duas questões que pesarão sobremaneira na escolha final do treinador.

O primeiro ponto de interrogação surge na questão Renaldo. O atacante voltou ontem aos treinos, mas sua presença não é certa. "Falar que estou 100% fisicamente seria mentira", admitiu o jogador. Sem atuar há um mês e meio, o artilheiro não vê a hora de voltar ao time. "Não agüento mais ficar no departamento médico. Só que não adianta atropelar as coisas e acabar prejudicando o time", disse. Renaldo treinou normalmente por 50 minutos e hoje define essa questão numa conversa com Lori Sandri.

O treinador também fez outra alteração aos 33 minutos. Com a troca do zagueiro Marcos pelo meia Maicosuel, Lori Sandri mudou também a disposição tática, como já fizera nas duas últimas partidas. No 4-4-2, o que se viu foi um time mais agressivo e veloz. Sem abrir mão de Thiago Neves na articulação e tendo à frente três jogadores com vocação para o ataque, a equipe envolveu com certa facilidade o time suplente. Para aplicar esse sistema de jogo, Lori depende, no entanto, de uma aplicação de meias e atacantes no bloqueio ao adversário para evitar que a zaga – com apenas dois jogadores – fique muito exposta.

Conversa para acertar os detalhes

Terminado o treino, Lori Sandri ficou alguns minutos conversando com Daniel Marques, Aderaldo e Rafael Mussamba. Talvez um indício daquilo que pretende armar para o jogo de amanhã. Caso o 4-4-2 seja confirmado, Rafael Mussamba torna-se um volante fixo, quase um terceiro defensor, só que à frente da zaga. ?A conversa foi sobre posicionamento, mas ainda não sei com qual formação vamos atuar?, comentou.

Mussamba disse que gosta do 4-4-2, principalmente quando os jogos são em casa. ?Há mais opções para o toque de bola e o time fica mais rápido?, disse. ?Só que já estamos acostumados ao 3-5-2 e não podemos esconder que o Atlético Mineiro tem um baita time?, avisou. ?É preciso cuidado, pois uma hora esse time vai engrenar. Só que não será no sábado, não. O Paraná precisa do resultado e vamos vencer.?

O volante, independente do sistema de jogo, terá a companhia de Mário César na proteção à zaga. Titular em alguns jogos – onde Lori armou o time com três volantes – Mário César entra na vaga de Beto, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. ?Volto ao time e na mesma função de jogos anteriores, já que naquela fase, o Beto era o volante que avançava mais?, lembrou. ?Estou confiante num bom resultado, pois o time está jogando bem. É fundamental que a gente faça o resultado para jogar com mais confiança no Rio de Janeiro, frente ao Fluminense, na próxima rodada.?

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