Paraná Clube ainda não engrenou na Segundona

Quase 20% da competição já ficaram para trás e o Paraná Clube não consegue deslanchar na Série B. Com apenas 8 pontos, caiu para a 14.ª colocação, ficando a quatro do G4 e a somente dois da temida ZR.

O time demonstra ter qualidade e recursos técnicos para avançar, mas até agora isso não tem sido suficiente. Quadro que pode ser agravado pela sequência complicada que o time de Zetti terá pela frente, a partir do próximo sábado.

O Tricolor recebe o vice-líder Brasiliense – às 21h, no Durival Britto – e depois seguirá para dois confrontos fora de casa, contra Portuguesa e Atlético-GO. Voltando a Curitiba, encara o Ipatinga e depois vai a Campinas, para enfrentar o Guarani, melhor time da competição até aqui.

Resumindo: cinco jogos em 22 dias, todos contra clubes que estão acima dele. “Não dá mais para vacilar. Em casa, temos que matar e além disso buscar pontos fora”, comentou o centroavante Alex Afonso.

Em números absolutos, a atual campanha é quase tão sofrível quanto a do ano anterior. Na edição passada da Série B, neste mesmo momento, o Paraná tinha somente um ponto a menos (7), mas figurava na zona do rebaixamento.

“Não há como fugir da realidade. O time está até tendo um bom comportamento, mas só isso não basta”, disse o técnico Zetti logo após o deslize em Florianópolis. “Temos que somar pontos.”

Muito desse “desespero” se deve à ausência de vitórias em casa. Tivesse vencido o Ceará, não atuaria contra o Figueirense sob a pressão de precisar de um bom resultado.

A missão de Zetti, agora, é impedir que a crise se instale no grupo, tudo isso sem perder o norte na montagem do time. Nessa caminhada, é certo que a comissão técnica se depara com alguns dilemas.

Adepto do 4-4-2, Zetti sempre priorizou o sistema ofensivo. Só que o Paraná ainda não atingiu um nível de confiabilidade. Mesmo contando com três jogadores habilidosos e criativos, como Davi, Elvis e Bebeto (além de Dinelson), o time não tem conseguido municiar Alex Afonso na intensidade que se espera. Os mais críticos já apontam para a necessidade de se buscar novas opções para o setor ofensivo.

Só que essa não é a única deficiência da equipe. Deslizes defensivos têm colocado em xeque a capacidade do setor da equipe. “Não dá mais pra lamentar ou procurar desculpas. Já estamos trabalhando esse grupo há mais de quarenta dias e é hora da gente arrancar”, disse o treinador, que a partir de hoje inicia a preparação para encarar o Brasiliense.

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