Para elenco, união do Furacão foi o elemento vitorioso

Uma noite para ficar na história. Foi no grito, na raça, na entrega e, sobretudo com muita emoção. Sobrando disposição, o Atlético fez valer o ditado e colocou o coração na ponta da chuteira para conseguir a classificação nos pênaltis na fase de grupos da Libertadores, ontem à noite, na Vila Capanema, diante do Sporting Cristal, do Peru. “Foi no coração. O time é vibrante, tem muito moleque, é jovem, mas que tem uma força incrível. Vamos fazer de tudo para a equipe sempre ter essa emoção”, resumiu o lateral-direito Sueliton.

Nas dependências do Durival Britto, um misto de sentimentos tomou conta de cada torcedor rubro-negro presente. Na etapa inicial, sem mostrar um grande futebol, teve apoio vindo das arquibancadas, mas também teve vaias ao fina dos primeiros 45 minutos. Sobrou até para o técnico Miguel Ángel Portugal, que foi xingado em coro de burro.

Com outra postura, o Furacão encurralou o Cristal. Em apenas 4 minutos, os atleticanos presentes viveram momentos distintos. O gol de Manoel encheu de esperança o torcedor rubro-negro. Um minuto depois, quando o time peruano empatou, a Vila Capanema emudeceu, voltando a ganhar um novo ânimo quando o Sporting Cristal teve um jogador expulso.

Precisando fazer pelo menos um gol para levar a decisão para os pênaltis, o Atlético foi para o tudo ou nada. O clima de tensão tomou conta da Vila Capanema. A cada chance perdida a esperança de ver o Atlético disputar sua quarta Libertadores diminuía. Mas o melhor estava guardado para o final. No último minuto, Éderson marcou de pênalti e levou a decisão da vaga para as cobranças de penalidades.

O sofrimento continuou. O Atlético desperdiçou duas cobranças e parte da torcida chegou a deixar a Vila Capanema. Com duas oportunidades para fazer um gol para se classificar, o Sporting Cristal fez o improvável, perdeu as duas cobranças e recolocou o Furacão no jogo. No final, quando Aquino desperdiçou a última cobrança e garantiu a classificação do Rubro-Negro, a festa tomou conta do Durival Britto. “Não temos um super elenco, um super time. Mas é um time que tem alma, vontade e não mede esforços para vencer”, arrematou o goleiro Weverton, que foi um dos heróis da classificação atleticana.