O técnico do Manchester United, Alex Ferguson, declarou nesta terça-feira que está confiante para a partida de quarta-feira contra a Inter de Milão, e afirmou que seu homólogo José Mourinho não é um algoz, apesar de tê-lo vencido somente uma vez em 13 confrontos. Na primeira partida das oitavas-de-final, realizada no San Siro, as duas equipes ficaram no empate em 0-0. Para o jogo decisivo, Ferguson confirmou o zagueiro Rio Ferdinand na equipe e anunciou que o atacante argentino Carlitos Tevez começará na reserva.
O técnico do Manchester United reconheceu que as estatísticas contrárias em relação aos embates com Mourinho o fazem pensar que “às vezes se pode errar”, mas assegurou que não está preocupado com isto. Mourinho, que já bateu Fegurson tanto no comando do Porto quanto à frente do Chelsea, eliminando o Manchester da Champions League de 2004.
Contudo, na véspera do confronto que vai decidir qual time avança às quartas-de-final, os jogadores do clube inglês preferem se lembrar das semifinais da última Champions League, quando eliminaram o Barcelona, considerado favorito ao título.
“Essa foi uma das melhores noites que já vivi como jogador em termos de ambiente, foi fantástico e nós fomos incríveis. Se amanhã (o ambiente) for assim será como o camisa 12 do time”, afirmou Ferdinand. “Temos que jogar com o mesmo espírito”, reiterou o zagueiro Patrice Evra, enquanto Ferguson pediu para que seus jogadores joguem com “a mesma concentração” daquela noite, porque “contra os times italianos é necessário jogar muito concentrado”.
O técnico havia ressaltado na última segunda-feira que a Inter tentará garantir o 0-0 para decidir tudo nos pênaltis, porque “essa é a mentalidade italiana”. Mourinho, longe de desmentir, afirmou nesta terça-feira que a Inter poderá se classificar “mesmo empatando outra vez”. “Eu gosto dessas partidas. A pressão do Old Trafford para mim é o mesmo que a do San Siro. Em Manchester, eu me sinto como na minha casa”, acrescentou o Mourinho, em meio a rumores de que poderia substituir Ferguson, de 67 anos, quando o treinador do Manchester decidir se aposentar.