Fechou o tempo

Presidente do Peñarol culpa Felipe Melo por confusão; Palmeiras cobra providências da Conmebol

No meio da confusão, Felipe Melo acertou um soco no uruguaio Mier. Foto: Matilde Capodonico/Estadão Conteúdo

A diretoria do Palmeiras criticou o esquema de segurança do estádio Campeón del Siglo, em Montevidéu, e prometeu cobrar da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) providências após a confusão ao fim do jogo contra o Peñarol, nesta quarta-feira (26). Jogadores dos dois times entraram em conflito e, nas arquibancadas, torcedores adversários também brigaram ao fim da vitória alviverde por 3×2, pela Copa Libertadores.

Em entrevista ao canal Fox Sports, ao fim do jogo, o presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, criticou a organização. “Foi lamentável. Espero realmente que a Conmebol analise e tome providência. Não havia policiamento para os nossos torcedores. Vem falar que a torcida do Palmeiras é violenta? Não tinha policiamento para proteger os torcedores. Não estou defendendo A ou B, mas é necessário segurança em um jogo de futebol. Não houve isso aqui”, disse o dirigente.

Por outro lado, o presidente do Peñarol, Juan Pedro Damiani, culpou o volante Felipe Melo por toda a confusão. “Felipe Melo gerou toda a violência. No futebol se ganha ou perde, mas nós não podemos permitir que isso transborde. Felipe Melo armou a confusão quando acertou um soco em Mier. Os jogadores foram à arquibancada para tentar apaziguar. É lamentável, viemos viver uma grande festa”, disse o dirigente, em entrevista à rádio Sport 890.

O diretor de futebol, Alexandre Mattos, defendeu o volante Felipe Melo, que deu um soco ao tentar fugir do cerco dos uruguaios. “Se ele não se protege virando a mão ali, ia acontecer uma tragédia. Eles acharam que era MMA e virou essa palhaçada”, criticou. Segundo o dirigente, o Palmeiras conseguiu evitar uma confusão maior por ter reforçado a quantidade de seguranças levados ao Uruguai.

Galiotte atacou o Peñarol, pois, segundo ele, funcionários do clube fecharam o portão de acesso ao vestiário e fizeram com que os jogadores do Palmeiras não conseguissem fugir da briga que se iniciava no gramado.

“Teríamos uma tragédia aqui. Os portões foram fechados. Dirigentes do Peñarol conversaram comigo e disseram que foi uma questão de segurança. Os jogadores iriam morrer lá dentro. Temos de preservar a vida das pessoas. São atletas profissionais. Esperamos que a Conmebol seja rigorosa, que tenha policiamento”, afirmou.

O dirigente uruguaio também disse estar tranquilo sobre uma possível punição ao estádio Campeón de Siglo. “Falei com Héctor Baldassi (ex-juiz, membro da Comissão de Árbitro da Conmebol), e ele e o observador da partida me disseram que o problema foi entre jogadores e não com o estádio. Não creio que haja uma sanção”, declarou Damiani.