Palmeiras bate cabeça à procura de treinador

São Paulo – Às vésperas de decidir com o São Paulo seu futuro na Copa Libertadores, o Palmeiras ficou sem treinador e sua diretoria bate cabeça para encontrar a tempo um substituto à altura de Leão, demitido ontem. Três dirigentes cuidam do departamento de futebol do clube: o presidente Affonso della Monica, o vice José Cyrillo Júnior e o diretor Salvador Hugo Palaia.

E eles parecem não falar o mesmo idioma. Enquanto isso, a equipe será comandada interinamente por Marcelo Vilar, que é técnico do time B.

Della Monica permanece trancado em seu bunker. Ouve a todos com atenção, mas parece facilmente induzido pelos interlocutores. Os outros dois caminham para lados diferentes. Enquanto Cyrillo admite com todas as letras que o gaúcho Tite e o paranaense Cuca fazem parte da lista de nomes para assumir o time, Palaia afirma que ambos são carta fora do baralho.

O desencontro acontece por conta sobretudo dos desacertos de Palaia com os torcedores. Tite, por exemplo, foi um dos nomes sugeridos pela Mancha Verde, torcida que pega no pé do diretor palmeirense há tempos. ?O Tite não será contratado?, jura Palaia, numa demonstração da existência de um braço-de-ferro no Palestra.

Uma terceira opção trabalha em Goiânia. É Geninho, que tem bom desempenho no Goiás e parece ter virado figurinha carimbada dos clubes de São Paulo.

Seu nome já foi ventilado também no Corinthians.

Geninho ganha salário perto dos R$ 70 mil. Uma boa chance de ele acertar com o Palmeiras é se o Goiás perder hoje do Estudiantes, na Argentina, pela Libertadores.

?Não temos pressa para escolher um novo técnico?, disse Cyrillo. ?Estamos recebendo sugestões de torcedores (outra conduta oposta a Palaia), de conselheiros e até de alguns jornalistas. Vamos listar esses nomes e contratar um deles.? Os nomes de Antônio Lopes e Renê Simões também foram sugeridos.

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