A cidade onde o Atlético jogou ontem é uma das mais prósperas do interior do México. Nas ruas de Pachuca de Soto, capital do estado de Hidalgo, o passado, ligado à mineração, e modernas empresas e centros comerciais dividem o espaço com harmonia, revelando um pungente crescimento econômico.
A cidade tem cerca de 250 mil habitantes, mais de 10% da população do estado.
Dos primeiros habitantes, poucos sinais restaram.
Os povos indígenas, principalmente os aztecas, que dominaram Pachuca até o século 16, foram quase totalmente dizimados pelos conquistadores espanhóis, que invadiram a cidade em 1528.
Os mais antigos prédios ainda existentes são as igrejas da época colonial e as construções da época do ciclo da mineração, que pode ser conhecido em detalhes no Museu da Mineração, um dos muitos da cidade. Entre as atrações, se destaca o Relógio Monumental, símbolo da cidade e que está presente no escudo do Club de Fútbol Pachuca, um dos orgulhos do povo pachuqueño.
A equipe local, fundada em 1901, é a mais antiga do futebol mexicano, mas se tornou um dos principais clubes do país somente a partir dos anos 90. O marco do crescimento do Pachuca foi a construção do Estádio Hidalgo, um dos mais modernos do México, em 1993.
Atual campeão do torneio ?clausura? do campeonato mexicano, o Pachuca busca o bicampeonato e está classificado para a fase final do ?apertura?. ?Os Tuzos são um orgulho para nosso estado e nossa cidade. Chegar ao bicampeonato e conquistar a Sul-Americana seria um sonho para todos os hidalguenses?, disse o taxista Juan Antonio Ortegón, 54 anos, antes da partida de ontem.
O clube também sustenta a Universidade do Futebol, que tem como missão desenvolver uma completa formação desportiva e acadêmica dos jovens da cidade.