Onaireves Moura vai depor na próxima semana

O segundo inquérito do ?Caso Bruxo? levará Onaireves Moura a depor na condição de suspeito de corrupção. O Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) marcou para a próxima terça-feira o interrogatório do presidente da Federação Paranaense de Futebol, acusado pelo ex-árbitro José Francisco de Oliveira (Cidão) de ?vender? um jogo da Série Ouro de 2000.

O próprio Moura pediu para ser ouvido no inquérito, presidido pelo auditor Paulo César Gradella Filho. O presidente do TJD, Bôrtolo Escorsin, mandou abrir investigação depois que Cidão acusou Moura de ter negociado por R$ 50 mil a vitória do Ponta Grossa sobre o Prudentópolis, há cinco anos. A escala teria sido trocada para acomodar Cidão na partida, que garante ter em mãos um cheque de R$ 5 mil -parte que lhe caberia no acerto. O apitador disse que não descontou o cheque e comandou o jogo sem favorecimentos ilícitos.

Moura defendeu-se das denúncias alegando que o Ponta Grossa foi rebaixado naquela temporada e questionando a credibilidade do ex-árbitro, eliminado do futebol pelo TJD. O chefe da FPF confirmou, porém que participou de uma pescaria no Pantanal em companhia de Antônio Mikulis, presidente do Ponta Grossa. Mikulis será chamado para depor no mesmo inquérito.

Recurso

Na quinta-feira, o procurador do TJD, Davis Bruel, entrou com recurso contra a absolvição de cinco denunciados no caso Bruxo. A defesa tem três dias para se manifestar e só então o processo será remetido ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro. O procurador adiantou, porém, que não acredita na punição dos acusados, e diz que o maior empenho será para manter a pena de eliminação dos outros oito denunciados – quatro árbitros, três dirigentes de clubes e o diretor-administrativo da FPF, Johelson Pissaia.

Depois de oferecer denúncia a 13 acusados e propor o embargo declaratório que puniu mais quatro acusados, Bruel pediu descanso ao presidente do TJD. Ele não quer ser convocado para a procuradoria do segundo inquérito do caso Bruxo, alegando necessidade de se dedicar às atividades profissionais.

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