Nem bandeiras, nem foguetes. A volta de Onaireves Moura à Federação Paranaense de Futebol foi marcada pela emoção do dirigente, que ficou preso por 57 dias, e pelos agradecimentos dele a funcionários e diretores, que teriam ficado sempre ao lado do presidente – que já se licenciou na sexta, deixando como interino o vice Aluísio Ferreira. Quem conversou com o presidente da FPF se surpreendeu com o abatimento. E também com a disposição em tentar provar inocência.
Moura reassumiu a presidência da entidade na manhã de sexta-feira. Ele conversou com funcionários, chorou diversas vezes e não se cansou de agradecer a lealdade. Nesta conversa surgiu, pela primeira vez, a ‘metáfora televisiva’ que fez o dirigente se comparar à Bia Falcão, da novela Belíssima, da TV Globo.
Depois, foi a vez de conversar com o corpo diretivo da FPF. Na reunião, definiu que Aluísio Ferreira seria o presidente interino neste primeiro período de licença, ratificou o desejo de sortear os pacotes para a Copa do Mundo que a entidade recebeu da CBF e apresentou os planos para a Série Ouro de 2007. Idéias reafirmadas na coletiva, em que Moura resumiu seu estado de espírito. "Parece que eu estou mal, mas eu estou mais forte do que quando entrei na prisão".