O basquete feminino contra Barbosa

São Paulo – Paula e Hortência, a dupla que brilhou por 20 anos no basquete brasileiro, ajudando a seleção a chegar ao título mundial, em 1994, e ao vice olímpico, em 1996, acham que uma renovação na comissão técnica da seleção feminina seria positiva.

O basquete pode iniciar a renovação, a partir da saída de jogadoras como Janeth e Alessandra. Ambas admitem que a maioria das atletas que disputaram o mundial de São Paulo, em setembro, se estimulariam com a saída do técnico Antônio Carlos Barbosa.

?Acho que a renovação sempre é boa. O Barbosa foi o meu primeiro técnico. Eu sei que é um cargo de confiança da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), mas ele poderia ser diretor técnico e um novo talento ter oportunidade. E se as jogadoras que estavam lá agora acham… A Janeth não fala bobagem?, afirma Hortência.

Para Paula a renovação, que será de jogadoras, pode começar pela comissão técnica. ?Para as jogadoras, a mudança de técnico provoca motivação?, afirma Paula. Discorda que a mudança agora, a oito meses do Pan, poderia atrapalhar. ?A CBB nunca trabalha com planejamento do ciclo olímpico, trabalha no imediatismo, vai reunir a seleção a dois meses do Pan… Então, não faz diferença.?

Paula aponta o principal problema no atual comando: a falta de divisão de tarefas. ?Barbosa não consegue trabalhar coletivamente. Só ele enxerga o jogo. O Borracha (Norberto da Silva) fica de enfeite.? Entende que Paulo Bassul, que comandou a seleção vice-campeã mundial sub-21, em 2003, poderia assumir o comando da seleção.

A técnica Maria Helena Cardoso acha que seus comentários poderiam ser mal interpretados. ?Ficam achando que você quer o lugar de quem está lá.? E também porque Paulo Bassul, que poderia substituir Barbosa, é seu pupilo. ?Acho que as atletas deveriam se posicionar como grupo.?

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