Nuzman acredita ter feito o “dever de casa” pelo Rio

Incansável no corpo-a-corpo que antecede a votação de sábado, no Hotel Camino Real, na Cidade do México, para decidir a sede dos Jogos Pan-americanos de 2007 (a disputa é entre Rio e San Antonio), Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), destaca os benefícios que a candidatura do Rio trouxe para os países da ODEPA. “Até agora percebemos que San Antonio foi obrigada a equiparar alguns itens de sua campanha aos que o Rio já havia oferecido, tal como o pagamento integral das passagens aéreas para 7.500 pessoas, entre atletas e oficiais. Nossa candidatura tem se destacado pela vontade de oferecer o melhor possível aos atletas e países competidores. Apesar disso, continuamos trabalhando para convencer os eleitores de que o Rio é a melhor opção para 2007”, explica.

Cidade do México – Ressabiados com a força da candidatura carioca, os representantes de San Antonio tentam recuperar o terreno perdido nas apresentações anteriores. Nas três vezes em que as candidaturas foram apresentadas aos membros da ODEPA o Rio de Janeiro saiu-se melhor, conquistando a simpatia e atenção até mesmo de países do Caribe, descendentes da língua inglesa e que tendem a apoiar os Estados Unidos. “Nosso dever de casa foi bem feito e agora resta esperar o resultado de sábado. Vale lembrar que estamos concorrendo com uma cidade dos Estados Unidos, que nunca perderam uma eleição desse tipo. Além disso, o Texas é o berço eleitoral do presidente George W. Bush”, ressalta Nuzman.

Para ele, o fato de San Antonio possuir praticamente prontas todas as instalações não chega a ser fator determinante na eleição. “O Movimento Olímpico preza muito os legados que uma candidatura pode deixar para a cidade. No caso do Rio, os legados serão enormes, desde a construção de instalações esportivas até o desenvolvimento que a competição proporcionará ao Brasil e à América do Sul, seja no campo esportivo ou no econômico, já que o turismo também será beneficiado”, considera. “Sem falar na nossa capacidade de organização e realização, que ficou comprovada ao recebermos os Jogos Sul-Americanos tendo apenas três meses para organizá-los, quando normalmente são necessários quatro anos de trabalho”, completa, lembrando a edição recém-encerrada da maior competição multiesportiva da América do Sul.

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