Novo reforço do Coritiba joga no Santa Cruz

O Coritiba deve anunciar a qualquer momento a contratação do meia Carlinhos Paraíba, do Santa Cruz por R$ 1 milhão. A negociação vinha se desenrolando nos últimos dias e o acerto aconteceu ontem entre a diretoria do time pernambucano e o coordenador de futebol Tonico Xavier.

?Essa semana Carlinhos me procurou e pediu para sair. Eu disse a ele que não tinha interesse algum em negociar meu melhor jogador, mas faria isso apenas por agradecimento a tudo que ele fez. Ele é um atleta humilde e está apostando em uma nova oportunidade?, revelou Édson Nogueira, presidente do Tricolor.

De acordo com ele, para o negócio ser confirmado só falta a direção do Coxa acertar como vai ser a forma de pagamento, já que os direitos econômicos estão divididos entre o Santa e os empresários do atleta. ?Só estamos precisando chegar a um acordo sobre como serão pagos os R$ 450 mil que o Santa tem direito. O Coritiba se propôs a nos ajudar, mas isso independe da transferência de Paraíba para lá. Dentro do que nos oferecerem, vamos negociar?, disse Nogueira através do site oficial da Cobra Coral. Por enquanto, não há a previsão do dia em que o atleta se apresenta no Alto da Glória.

A informação do presidente do Santa praticamente foi confirmada pelo diretor de futebol Édison Mauad. ?Estou chegando de São Paulo agora e não sei se a negociação está concluída, mas o Carlinhos é um nome que foi discutido e aprovado pela diretoria?, informou o dirigente alviverde. Segundo ele, as conversas foram tocadas por Tonico Xavier. ?Como era uma negociação anterior à minha chegada eu não me meti, mas com o jogador já estava tudo acertado?, destacou. Além do meia, o Coxa também estaria interessado em trazer o atacante Laércio do Ypiranga, também do Pernambuco.

Aos 25 anos, Carlinhos se mostrou empolgado com a chance de atuar com a camisa do Coritiba. ?Não esperava me transferir tão rapidamente, mas desde a Série B do ano passado surgiu o interesse de alguns clubes. Felizmente, o Coritiba se interessou esse ano e o negócio saiu logo?, disse o jogador. Antes do Santa Cruz, o meia, que nasceu em Rio Tinto/PB, atuou pelo Nacional da Paraíba.

Jackson é a novidade no Iguaçu

Ainda sem saber o que precisa para continuar na primeira divisão porque depende do tapetão (se o Real Brasil realmente perder 12 pontos não precisaria de nada), o técnico Toninho Paraná comanda o trabalho apronto que vai definir a equipe para enfrentar o Coritiba. Se o time de Aurélio Almeida recuperar os pontos, o Iguaçu precisa superar o Rio Branco na última rodada. Enquanto isso, a principal novidade deverá ser o meia Jackson, que cumpriu suspensão automática na quarta-feira e está à disposição. Outro que pode voltar é o atacante Tom. Ele se recupera de um estiramento e segue em tratamento, mas a tendência é que tenha condição de jogo. O trabalho de hoje será realizado no gramado do Estádio Antiocho Pereira. Amanhã, a equipe de União da Vitória repete a dose e fica em repouso para a viagem para Curitiba, que só acontece no domingo.

Altevir espera que Edson Bastos alcance sua marca

Foto: Allan Costa Pinto

Ex-goleiro do Atlético ficou 1066 minutos sem levar gols e diz que é preciso muita tranqüilidade e sorte.

Se depender da torcida de Altevir Guilherme de Sales, o goleiro Edson Bastos vai bater o recorde de invencibilidade de 1.066 minutos alcançado em 1977. Para o ex-arqueiro do Atlético (que também atuou no Coritiba), detentor do fabuloso número, a marca tem mais é que cair mesmo. ?Para mim, não tem nenhum problema não e eu estou torcendo para que ele alcance esse recorde. É legal porque o pessoal acaba recordando esses números que ficam meio esquecidos?, avisa. Para tanto, ele sugere muita tranqüilidade e uma pitada de sorte para o eficiente camisa 1 do Alviverde.

?Eu acho que buscar uma marca dessas dá uma motivação a mais, mas tem que estar com sorte?, aponta Altevir, que está com 59 anos. E tem que ter mesmo. Nos quase 12 jogos sem ter que buscar a bola no fundo da rede o ex-goleiro teve que enfrentar três cobranças de pênalti. ?Foram dois na trave e um eu peguei. Eu não lembro quem foi que bateu na defesa que eu fiz, mas lembro que o Silveira do Colorado e o Betão do União Bandeirante chutaram na trave?, relembra. No entanto, quando finalmente a bola entrou a sorte não estava de plantão porque o gol foi contra do zagueiro Belga, no Willie Davids.

?O Itamar Belasalma (então jogador no Grêmio Maringá e atual treinador do Engenheiro Beltrão) chutou, o Belga foi tentar tirar e acabou fazendo contra. O pior é que a bola era defensável?, lamenta. De qualquer forma, a marca foi obtida em jogos consecutivos somente pelo Paranaense enquanto Edson Bastos já soma 639 minutos contando com dois jogos pela Copa do Brasil (competição que não existia naquela época já que os clubes disputavam apenas o Estadual num semestre e o Nacional em outro). ?Se for só o Paranaense, ele fica um pouco mais longe?, compara Altevir.

Mas para o ex-arqueiro, Bastos tem tudo para chegar lá depois da desconfiança inicial no Alto da Glória. ?Eu acompanho ele desde o Figueirense, tenho visto os jogos e ele está muito bem fisicamente e tecnicamente, além da grande elasticidade?, elogia Altevir, que apesar de ser torcedor declarado do Rubro-Negro, teve uma passagem pelo Coxa no Campeonato Brasileiro de 1978. Apesar de ter sido uma verdadeira muralha debaixo da trave, Altevir virou goleiro por acaso. Em 1965, quando ainda era amador e atuava no Operário Mercês, o goleiro da equipe faltou e lá foi o centroavante quebrar um galho.

Dali, acabou sendo convidado para virar profissional no Britânia e não parou mais, conquistando várias vezes o Estadual. No momento, ele concilia a atividade profissional com o futebol amador. ?Desde que parei de jogar sou representante da Gerdau e também sou treinador do futebol amador para não perder o vínculo?, completa.

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