Nova Vila Capanema começa a sair do papel

Já teve início – mesmo que timidamente – a preparação do terreno para as obras de ampliação do Estádio Durival de Britto. Algumas máquinas já estão instaladas e o primeiro passo é o desvio das redes de esgoto e iluminação. Paralelamente a isso, funcionários do clube já começam a reformar banheiros e a construir novos sanitários. ?Nosso cronograma continua o mesmo. A idéia é voltar a utilizar a Vila Capanema no final de janeiro?, confirmou um dos coordenadores da campanha ?Vila, tá na hora!? e vice de marketing, Waldomiro Gayer Neto.

Nas próximas semanas a construtora contratada irá iniciar as obras de construção dos camarotes e arquibancadas. Segundo a previsão inicial, a primeira etapa dos camarotes será entregue até o próximo dia 21 de dezembro. ?Será apenas a parte bruta, sem o acabamento?, explicou Gayer Neto. Já a nova arquibancada, na curva de fundos do estádio, só será entregue no dia 25 de janeiro do ano que vem. ?As obras serão realizadas simultaneamente, para que tudo esteja finalizado a tempo de disputarmos o estadual na nossa casa?, comentou o vice-presidente de marketing.

O custo da obra – estimado em R$ 1,5 milhão – será custeado totalmente com a venda de camarotes. Serão 56 unidades, que juntamente com as novas arquibancadas ampliarão a capacidade do Durival de Britto para 16 mil lugares. Até o momento, 22 camarotes já foram vendidos e outros nove estão reservados. Na grande maioria, o espaço é destinado a conselheiros do clube, com poder aquisitivo para bancar uma área vip (os preços variam de R$ 26 a R$ 39 mil). A campanha visa atrair também outros paranistas. Há pacotes de ingressos – R$ 50,00 com direito a cinco jogos – e contribuições espontâneas.

As doações (no valor de R$ 250,00) dá direito a um kit com produtos da campanha ?Vila, tá na hora!? – camisas exclusivas, canecos, chaveiros e pulseiras – e a inscrição do nome do contribuinte em placa no ?novo? estádio. ?Já fechamos também o nosso parceiro para a distribuição de alimentos e bebidas. Está tudo encaminhado e agora é acelerar as obras?, finalizou Waldomiro Gayer Neto.

Barbieri barra Aderaldo e Éder

Aderaldo e Éder barrados. O técnico Luiz Carlos Barbieri, sem rodeios, decidiu alterar o Paraná Clube para o jogo de amanhã – às 20h30, no Olímpico Regional, em Cascavel -, frente ao Internacional. Vai apostar na regularidade de Neguete e na velocidade de Maicosuel para atrapalhar a reação do colorado gaúcho. Sem possibilidades de chegar à Libertadores, o Tricolor refez as contas e agora a meta é terminar o ano com a melhor campanha da história do clube, garantindo assim participação na Sul-Americana 2006.

O clube disputa seu 12.º Brasileirão – sem contar a Copa João Havelange, 2000 – e a melhor colocação obtida é um décimo lugar (em 1993 e 2003). Barbieri quer resgatar, a partir de amanhã, a eficiência que fez seu time se manter invicto entre a 27.ª e a 31.ª rodadas. ?Não conseguimos vencer há quatro jogos. Mas, neste período, só jogamos mal contra o Figueirense. A equipe não está em declínio?, assegurou. Para o treinador, houve um certo deseqüilíbrio nas últimas jornadas. ?Criamos oportunidades, mas não fomos felizes nas finalizações. Além disso, creio que podemos imprimir maior velocidade ao ataque?, comentou.

Visando esse dinamismo, optou por escalar Maicosuel, que rendeu bem nos treinos. Com 19 anos, o jogador reconhece que sua adaptação ao novo clube não foi fácil. ?Este é o meu primeiro campeonato importante. Acho que agora estou mais à vontade e não quero desperdiçar a oportunidade?. Pouco utilizado nas últimas jornadas, ele vem atuando entre os juniores para manter o ritmo. ?Foi muito bom para mim. Agora, espero ter uma seqüência no time principal?, afirmou. Maicosuel substitui Éder (banco amanhã), que nas últimas partidas não conseguiu imprimir o ritmo desejado por Barbieri.

O treinador também mexeu na zaga, mas sem alterar o esquema tático. Neguete ganha a posição de Aderaldo, que nem no banco ficará. ?É uma questão técnica?, resumiu Barbieri. O treinador já havia afastado Aderaldo da partida frente ao São Caetano, mas deu nova oportunidade ao jogador no clássico. ?Minha função é escalar quem está melhor. E o Neguete, sempre correspondeu?.

Em Cascavel, mini-Beira-Rio

Pouco mais de 15 mil ingressos foram vendidos até o momento. Segundo estimativas da imprensa local, o público deverá chegar à casa dos 28 mil torcedores, em sua maioria, colorados. O Internacional possui uma grande legião de fãs na região e o Estádio Olímpico Regional – a exemplo do que ocorreu em Maringá, com os clubes paulistas – será um ?mini-Beira-Rio?.

Para sediar o jogo, os organizadores do evento recuperaram os vestiários e ?deram uma geral? no estádio, com especial atenção ao gramado, que apresentava muitas irregularidades. A campanha em Cascavel é intensa, mas o preço do ingresso ?assustou? o torcedor . Local coberto a R$ 50,00 e arquibancada a R$ 25,00. Nos dois setores, menores, estudantes e idosos pagam meia-entrada. A carga total disponibilizada é de 38 mil ingressos.

Invasão ainda na pauta

Um recurso do procurador Fabrício Dassi obriga o departamento jurídico do Paraná Clube a apresentar nova defesa no caso de invasão de campo, ocorrida contra o Fluminense, no último dia 8 de outubro, no Pinheirão. No primeiro julgamento (na 3.ª comissão disciplinar do STJD), o clube foi absolvido por unanimidade.

Até quinta-feira, Domingos Moro, advogado paranista, enviará as contra-razões, que serão analisadas pelo procurador do STJD, Paulo Schmidt. ?Ele, então, apresentará seu parecer, que nos dará uma posição mais clara do que possa ocorrer neste novo julgamento?, explicou o advogado paranista.

Moro esperava que o caso estivesse encerrado, pois normalmente é o que ocorre quando as decisões são unânimes. ?Mas, como trata-se de uma matéria de direito, é comum que haja recurso ao pleno. O jeito é preparar uma nova defesa?, disse. Só que desta vez, Moro não poderá apresentar novas provas, nem contar com os depoimentos do presidente José Carlos de Miranda e do chefe da segurança do Pinheirão, considerados cruciais para a primeira vitória.

Assim que a procuradoria emitir seu parecer, o caso é encaminhado para que conste da pauta de julgamentos. Como entre os dias 16 e 18 será realizado o Encontro Brasileiro de Justiça Desportiva, caso o novo julgamento não seja marcado para o próximo dia 10, restaria a data de 24 de novembro (pois o pleno do STJD só tem sessões às quintas-feiras). Se não confirmar a absolvição obtida em primeira instância, o Paraná fica sujeito à perda de mando de um a três jogos e multa que varia de R$ 50 mil a R$ 500 mil.

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