Nova meta do Paraná Clube é somar 7 pontos

É vencer ou vencer. Os fracassos nas duas partidas disputadas fora de casa determinaram a queda do Paraná Clube para o 6.º lugar do Brasileirão. Fora da área de classificação à Libertadores, o Tricolor terá que ?ralar? na reta final para não ver o sonho transformar-se em pesadelo. Restando 3 rodadas, o time de Caio Júnior não depende apenas de suas forças, mas acredita que com 7 pontos fecha o ano com a conquista de seu ?título?.

Disputar a Libertadores não era o projeto inicial do clube. Porém, os jogos foram sendo disputados e logo o Paraná impressionou por sua regularidade. Mesmo com a queda de produção no início do returno, o Tricolor recuperou-se e fixou seu posto entre os cinco melhores da competição e pela primeira vez disputar a principal competição do continente virou sonho de consumo dos paranistas.

Com 5 pontos de vantagem sobre seus concorrentes, parecia que era tudo questão de tempo. Foi aí que o Paraná cometeu seu ?pecado capital?. Na derrota (2 a 0) para o Flamengo, o time perdeu o embalo. Na seqüência foi goleado (4 a 0) pelo Atlético. A reação veio contra o Cruzeiro, mas não de forma completa e ficou no 2 a 2. O Paraná recuperou a vantagem na tabela ao golear (4 a 2) o Palmeiras, condição que viria a perder nos confrontos diretos contra Vasco e Santos. Além de pouco poder de definição, o Tricolor teve problemas com arbitragens e, pior, deslizes individuais foram decisivos. ?Nas decisões, quem erra menos, leva?, lembrou o zagueiro Gustavo. Em São Januário o Paraná foi ineficiente e vacilou. Para piorar, a reação foi anulada por um gol contra.

No sábado, mesmo na Vila Belmiro, só vencendo o Tricolor se manteria no 5.º lugar sem depender de outros resultados. Até o empate serviria -pois o Vasco tropeçou, em casa -, mas uma falha incrível do goleiro Flávio deu a vitória (1 a 0) pro Santos. Na balança do destino, muitos erros num momento decisivo. Deslizes que agora colocam o Paraná numa sinuca de bico. Frente a Inter, São Caetano e São Paulo, o time terá que apresentar futebol próximo à perfeição.

Apito e os fantasmas do Tricolor

A diretoria do Paraná não pretende formalizar protesto contra o árbitro gaúcho Carlos Eugênio Simon pelos problemas ocorridos em Santos. Numa atuação ?caseira?, na avaliação do vice José Domingos, o apitador mais uma vez prejudicou o Tricolor. Simon, há 6 anos, já prejudicara o clube paranaense – curiosamente em favor do Vasco – nas quartas-de-final da Copa João Havelange. O clube carioca fez 3 a 1 em São Januário e avançou às semifinais mesmo após a derrota (1 a 0), em Curitiba.

?Lamento que seja desta forma. O histórico da arbitragem neste Brasileiro é preocupante. Foram muitos erros em lances capitais contra a gente?, desabafou José Domingos. ?Prefiro crer que sejam coincidências, pois não é possível admitir que haja, ainda, manipulação de resultados.

Não depois de tudo o que se viu no ano passado?, comentou o dirigente. José Domingos não acredita que novo protesto venha a provocar qualquer mudança no processo de escolha de árbitros.

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