Nos pênaltis, Boavista elimina o Flu na Taça Guanabara

O Boavista vai disputar a final da Taça Guanabara – o primeiro turno do Campeonato Carioca – pela primeira vez em sua história. A equipe da Região dos Lagos derrotou neste sábado o Fluminense por 4 a 2 na decisão por pênaltis, após empate no tempo regulamentar por 2 a 2, no Engenhão. “O grupo é bom. Não chegou por acaso”, disse o atacante Frontini. Neste domingo, Botafogo e Flamengo definem quem será o seu adversário no próximo domingo.

Largar na frente numa semifinal, logo nos minutos iniciais, é o desejo de qualquer time. O Fluminense conseguiu isso. Fez 1 a 0, em bela cobrança de falta do meia Marquinho, e se encheu de confiança. O Boavista não acusou o golpe e respondeu rapidamente: em cobrança de falta ensaiada, o meia Tony acertou chute forte no ângulo, sem chance de defesa para o goleiro Berna, que saltou só por desencargo de consciência e não evitou o 1 a 1 no placar.

Na verdade, o Fluminense não fez um bom primeiro tempo, mas foi eficiente, o que não deixa de ser um grande mérito. Chegou poucas vezes com perigo, mas desceu para o vestiário, no intervalo, com 2 a 1 a seu favor. O segundo gol tricolor surgiu numa jogada forte do time: cruzamento para a área. O atacante Rafael Moura escorou de cabeça, evitando a saída da bola, e o artilheiro Fred, livre de marcação, completou de cabeça. “Depois que fizemos o segundo gol, procuramos nos posicionar mais atrás, para segurar (o resultado), mas o time está bem”, disse Fred, no intervalo.

Contundido, ele não retornou para o segundo tempo – Souza entrou em seu lugar. E o Fluminense sentiu. O Boavista partiu para cima, disposto a fazer história. Empatou aos nove minutos, com o atacante André Luís, e ganhou moral. Não é exagero: o time comandado por Alfredo Sampaio poderia ter virado a partida. Criou chances para isso. A equipe de menor expressão também reclamou de pênalti do zagueiro Gum em cima do meia Leandro Chaves – o lance, realmente, foi duvidoso.

O Fluminense jogou mal o tempo inteiro. Não foi nem sombra daquele time campeão brasileiro do ano passado. Irritada, a torcida tricolor vaiou a equipe quando o árbitro Wagner Magalhães encerrou a partida.

Com o empate, a disputa foi para os pênaltis e o Boavista venceu por 4 a 2. O meia Conca e o atacante Rodriguinho desperdiçaram suas cobranças – ambas defendidas pelo goleiro Thiago. “Hoje é dia de comemorar”, festejou o camisa 1, o herói da equipe finalista do primeiro turno do Campeonato Carioca.

Ficha técnica

Fluminense 2 (2) x (4) 2 Boavista

Fluminense – Ricardo Berna; Mariano, Gum, Leandro Euzébio e Carlinhos; Edinho, Diguinho, Marquinho (Rodriguinho) e Conca; Rafael Moura e Fred (Souza). Técnico: Muricy Ramalho.

Boavista – Thiago; Bruno Costa (Erick Flores), Gustavo, Santiago e Paulo Rodrigues; Julio Cesar, Edu Pina, Leandro Chaves (Fábio Fidelis) e Tony; Frontini e André Luís (Max). Técnico: Alfredo Sampaio.

Gols – Marquinho, aos 8, Tony, aos 11, e Fred, aos 37 minutos do primeiro tempo; André Luís, aos 9 minutos do segundo tempo. Nos pênaltis: Rafael Moura e Souza marcaram e Conca e Rodriguinho erraram para o Fluminense; Paulo Rodrigues, Tony, Frontini e Edu Pina marcaram para o Boavista.

Cartões amarelos – Diguinho, Souza, Rodriguinho e Carlinhos (Fluminense); André Luís, Edu Pina, Santiago e Gustavo (Boavista).

Árbitro – Wagner do Nascimento Magalhães.

Renda e público – Não disponíveis.

Local – Estádio Olímpico João Havelange (Engenhão), no Rio de Janeiro (RJ).

Voltar ao topo