Nascimento e Brum não devem disputar o Atletiba

O primeiro “passo” para o mistério foi dado. Apesar do bom ambiente no CT da Graciosa, o técnico Paulo Bonamigo recebeu duas más notícias na tarde de ontem: Reginaldo Nascimento e Roberto Brum estão virtualmente fora do Atletiba de sábado. A partir destas quase certas ausências, o treinador alviverde deve esconder o jogo até momentos antes da partida do final de semana. E não são só estas as dúvidas do Cori para o clássico.

Os dois volantes titulares do Cori ainda serão avaliados amanhã, mas o médico Walmir Sampaio diz serem diminutas as chances de ambos jogarem. “Não é mistério”, garante. Nascimento segue com dores na coxa direita e Brum torceu o tornozelo no jogo contra o Goiás, sofrendo uma lesão de ligamento. “O Nascimento é muito difícil, e a contusão do Roberto precisa de pelo menos uma semana de recuperação”, resigna-se Bonamigo.

Ao menos, um dos possíveis substitutos da dupla foi totalmente liberado. Willians voltou ontem aos treinos, e deve ser escalado por Bonamigo no Atletiba. “É uma opção que temos, assim como o Pepo”, afirma o treinador alviverde, que no entanto não quis adiantar qual será a formação coxa. Willians pode ser o volante ou o zagueiro, disputando posição com Nivaldo. Além disso, o técnico pode manter Jackson na ala-direita, ou escalar Maurinho na função.

Para completar, há Odvan, que está liberado para jogar. “Eu estou recuperado, e a disposição do Bonamigo”, avisa. Para o treinador, recolocar o zagueiro significa sacar Danilo – e ele não está pensando muito nessa possibilidade. “Ele está muito bem, e talvez não seja justo tirá-lo neste momento”, diz o treinador coxa. A única mudança já confirmada é a volta de Fernando, entrando no lugar de Douglas.

Respeito

Além de esconder o jogo, o técnico alviverde terá que “tapar” os ouvidos dos jogadores, já que a crítica e a torcida colocam o Coritiba como favorito para a partida de sábado. Curitibano -e, como tal, conhecedor a fundo do clássico -, o meia Tcheco prega humildade. “O Atletiba movimenta a cidade, é um jogo diferenciado em relação a qualquer outro. É o maior clássico do Paraná, e nós já entramos no clima do jogo, mas sempre respeitando o nosso adversário”, afirma.

Nivaldo pode pintar na zaga

Domingo, hora do almoço, Goiânia. Estava em curso uma rápida conversa que estava mudando o destino de um jogador. A alteração surpreendente feita pelo técnico Paulo Bonamigo fez com que o zagueiro Nivaldo estreasse pelo Coritiba contra o Goiás, dez meses depois de chegar ao Alto da Glória. A boa atuação e a possível ausência dos dois jogadores que atuam como terceiro zagueiro credenciam a novidade coxa a lutar por uma vaga na equipe que joga o Atletiba de sábado.

Até domingo (e possivelmente até agora) Nivaldo era um desconhecido de boa parte da torcida e da crítica. Nivaldo Batista Santana, de apenas 22 anos, chegou ao Cori em agosto do ano passado, em uma parceria do clube com o procurador do atleta Ney Santos que dias antes acertara a vinda de Lúcio Flávio. O zagueiro (que é ligado ao empresário Antônio Galante) se destacou nos primeiros treinos e acabou assinando contrato até o final de 2004.

Mas, mesmo assim, Nivaldo não jogou. “A gente fica esperando uma oportunidade”, diz. Sem chances, acabou sendo emprestado ao Rio Branco no campeonato paranaense, sendo titular em toda a participação da equipe de Paranaguá na competição. Quando voltou, as chances pareciam continuar escassas, principalmente depois da contratação de Odvan para reforçar o setor defensivo.

Só que o futebol prega suas peças e abre oportunidades quando menos se espera. Sem Reginaldo Nascimento e Willians, Paulo Bonamigo não quis usar Pepo como terceiro zagueiro, mas não queria ?desequilibrar? o Cori. Aí entra Nivaldo. “Ele me chamou pouco antes do almoço de domingo e disse que era para eu me preparar para o jogo”, conta o zagueiro. “Chegou a minha hora de jogar. Só espero que essa média não seja mantida”, brinca, quando perguntado sobre a demora em estrear.

E como Nascimento está quase fora do clássico e Willians ainda carece de tratamento, Nivaldo se vê com chances de jogar o primeiro Atletiba de sua carreira. “O jogador tem que estar pronto. Eu vou trabalhar forte para ter a chance de jogar esse clássico, que será muito importante para mim e para o Coritiba”, diz o zagueiro, cheio de esperanças.

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