Mosley propõe limite orçamentário para equipes da F-1

O inglês Max Mosley, presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), continua engajado em sua campanha pela redução dos gastos na Fórmula 1. Nesta quinta-feira, ele enviou uma carta à Fota, associação de equipes do Mundial, sugerindo a discussão de um limite orçamentário para as escuderias.

“A ideia é que todas as equipes tenham a mesma quantidade de dinheiro, para que o sucesso seja obtido simplesmente em função da habilidade intelectual”, explicou o dirigente em documento endereçado a Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari e da Fota.

De acordo com Mosley, o limite orçamentário pode ser benéfico ao Mundial. “Caso seja corretamente implantado, seria algo muito justo. Acho que devemos levar essa discussão adiante”, argumentou o inglês, que traçou uma comparação. “Há quem diga que ter um orçamento maior é quase tão injusto quanto ter um motor maior.”

Para o presidente da FIA, a adoção de um teto orçamentário poderia, além de equilibrar as forças no campeonato, promover o surgimento de novas equipes e consolidar a permanência das já existentes. Atualmente, a categoria tem apenas 18 carros confirmados para o GP da Austrália, que abre o Mundial deste ano no dia 29 de março – são nove escuderias, já que a Honda abandonou a competição alegando prejuízos com a crise financeira.

“Mesmo antes da crise mundial, a Fórmula 1 já não era viável. Os custos estavam tão altos que há vagas disponíveis sem ninguém para preenchê-las”, argumentou Mosley.

O sistema de limite orçamentário é adotado com sucesso na NBA – liga profissional norte-americana de basquete – desde o fim da década de 1990. As equipes têm um teto para a soma do salário anual de seus jogadores e, caso ultrapassem o valor, têm de pagar multa.