Moro não aceitou assumir o futebol do Coxa

Conforme a Tribuna deu com exclusividade na terça-feira, Domingos Moro disse não a Gionédis. As lágrimas nos olhos de Moro não deixaram dúvida. Recusar o convite para assumir o comando do futebol do Coritiba partiu seu coração, mas a razão acabou pesando bem mais. Afastado desde 2004 do Alviverde, o advogado e conselheiro era a carta na manga de Giovani Gionédis para reestruturar a área, depois do fracasso na Segundona e acalmar os ânimos nas disputas políticas. No entanto, a reorganização profissional em torno do direito esportivo, a família, os amigos e a própria torcida coxa-branca o convenceram a não voltar dessa forma ao Alto da Glória. Pelo menos neste momento.

?Difícil, muito difícil. Era necessário tomar essa decisão, mas foi muito difícil?, disse, em lágrimas. De acordo com ele, aceitar o convite para voltar ao Coritiba agora seria uma ?aventura? apenas para satisfazer seu coração.

?Na decisão pesaram minha família, meus amigos e pesou o meu trabalho, que é decisivo. Eu estou desfraldando uma nova carreira, estou trabalhando com honestidade, muito sacrifício e nunca fui tão feliz como sou agora?, justificou.

A decisão já era esperada, mas, mesmo assim, Moro tratou de fazer a comunicação pessoalmente a Gionédis, ontem à tarde, no Couto Pereira, enquanto acontecia um Atletiba pelo sub-20. ?Estávamos só nós dois no camarote da presidência e eu disse a ele que não poderia aceitar o convite por tais, tais, e tais razões?, revelou. Apesar da recusa, segundo Moro, Gionédis entendeu a situação. ?Ele disse, se eu estivesse em seu lugar, com essas razões, eu também teria dito não?, destacou.

E agora? Será que Moro não volta mais ao Alto da Glória como dirigente? ?Não aceitar agora o convite não significa que eu não possa voltar ao Coritiba e não significa que eu não possa presidir esse clube. A vida vai determinar o rumo das coisas?, projetou.

No momento, o advogado segue com seu escritório de representação esportiva, onde defende inúmeros clubes como o Atlético, o Paraná, o Paysandu, o Brasil de Pelotas, entre outros.

De qualquer forma, Moro recebeu o convite como uma vitória. ?Houve um reconhecimento do passado recente, vitorioso, campeoníssimo, e traz também o sepultamento de muitas coisas que foram faladas a meu respeito e eram inverdades absolutas?, comemorou.

Para o clube, como um todo, ele deseja sorte, ?muita sorte? e altruísmo. ?O Coritiba precisa parar de valorizar as individualidades, esquecendo do coletivo?, finalizou.

Hoje à tarde, Gionédis dará uma entrevista para falar sobre o assunto e anunciar quem poderá ser o novo diretor de futebol.

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