Ministro do Quênia promete levar legislação antidoping ao congresso na segunda

O ministro do Esporte do Quênia disse nesta quarta-feira que um projeto de lei criminalizando o doping vai ser apresentado ao congressos na próxima segunda-feira, numa resposta à ameaça feita pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês). Os quenianos têm até 5 de abril para se adequarem às regras globais de combate ao uso de substâncias proibidas ou poderão ser proibidos de disputarem os Jogos Olímpicos do Rio.

Em entrevista a um canal de TV queniano, Hassan Wario disse que o governo “está trabalhando nos bastidores” para garantir que a proposta seja aprovada no parlamento e se transforme em lei o quanto antes.

A Agência Antidoping do Quênia, entretanto, reclama da inação do governo, alegando que recebeu apenas US$ 3 milhões dos US$ 5 milhões aprovados pelo governo para financiar seus trabalhos. Além disso, a Wada alegou, em comunicado, que os últimos projetos de regulação apresentados pela Agência Antidoping do Quênia ainda não estão em conformidade com o código antidoping mundial.

O Quênia já perdeu neste mês um prazo para aprovar uma legislação antidoping. Assim, o país do Leste da África será agora avaliado por uma comissão independente em 5 de abril, quando “considerações serão dadas sobre uma possível recomendação de não cumprimento”, disse a Wada em comunicado esta semana.

Declarar o Quênia fora de conformidade pode fazer seus atletas perderem os Jogos Olímpicos do Rio. Anteriormente, o presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês), Sebastian Coe, disse que poderia considerar a possibilidade de suspender o país em caso de violação das regras antidoping.

A IAAF suspendeu a Rússia depois de um relatório da Wada declarar que o país não estava em conformidade com o seu código, que sucedeu a revelação de um escândalo de incluía o encobrimento de casos de doping.

Na última segunda-feira, o Comitê de Ética da IAAF anunciou a suspensão provisória de Isaac Mwangi, ex-diretor-executivo da Federação de Atletismo do Quênia, por 180 dias. Ele é acusado de pedir suborno para reduzir suspensão por doping de atletas do país. Na semana passada, Mwangi pediu uma licença de 21 dias do cargo.

As investigações da IAAF já provocaram as suspensões do presidente da federação queniana, Isaiah Kiplagat, do vice-presidente, David Okeyo, e do ex-tesoureiro, Joseph Kinyua. Além disso, mais de 40 atletas do país testaram positivo em exames antidoping desde a Olimpíada de Londres.

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