Ministro do Esporte lamenta não ter influência na CBF

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, evitou nesta quinta-feira, durante visita às obras do Itaquerão, fazer comentários direto sobre a situação do presidente da CBF, José Maria Marin, e sobre uma possível influência dele e do governo brasileiro na futura eleição da entidade.

“Infelizmente eu não tenho voto na eleição da CBF. Gostaria de ter mais influência, mas não tenho”, disse Aldo. “Portanto, qualquer coisa que fale sobre eleição seria absolutamente inconsequente e desnecessário.”

Aldo e Marin sempre tiveram um relacionamento apenas formal, em função dos cargos que ocupam – o presidente da CBF também é presidente do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014 (COL). Mas a relação se desgastou de vez depois do vazamento de um áudio atribuído a Marin, em que ele faz duras críticas ao ministro.

O comandante do Ministério do Esporte também disse que a presidente Dilma Rousseff também não vai interferir nas eleições da CBF. “Não é atribuição dela fazer isso nas eleições de uma entidade privada, por mais que ela seja importante para o futebol brasileiro.”

Aldo Rebelo também não foi direto ao ser questionado se apoiaria uma eventual candidatura de Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians. “É evidente que o Andrés sempre foi bem-sucedido em tudo o que ele fez.”

Andrés, por sua vez, não disse se sairá candidato à sucessão de Marin – o atual mandato se encerra em 2015. Mas uma coisa já está decidida: vai apoiar o candidato que for contra Marco Polo Del Nero, atual vice-presidente da entidade, presidente da Federação Paulista de Futebol e aliado de Marin. “Eu vou apoiar quem for contra o Marco Polo”, disse.

O ex-presidente do Corinthians tornou-se adversário de Del Nero por causa da demissão de Mano Menezes do cargo de treinador da seleção brasileira. Além de ser contra a saída de Mano, ele sentiu-se traído ao saber que a cúpula da CBF negociava com Luiz Felipe Scolari sem que ele, então diretor de seleções da entidade, fosse informado.

Andrés não confirmou ser candidato ao cargo, mas também não negou. “Caso meu nome venha ser levantado podemos conversar, mas não é a prioridade.”

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