Ministério Público questiona Fla por preço de ingressos

A polêmica sobre o preço dos ingressos para a final da Copa do Brasil, no Maracanã, dia 27, estipulado pelo Flamengo, atingiu nível impensável. Depois de o Procon-RJ solicitar esclarecimentos à diretoria rubro-negra, o Ministério Público Estadual notificou o clube e a concessionária Maracanã para que prestem esclarecimentos sobre os valores dos bilhetes que giram entre R$ 250 e R$ 800 para não sócios-torcedores.

Os dirigentes da Gávea já anteciparam que rejeitam qualquer possibilidade de reduzir o preço. A venda para sócios-torcedores começou na segunda-feira, e diz a diretoria que a procura é grande.

“Não trabalhamos com essa possibilidade. O jogo vai lotar. A procura está enorme”, garantiu Fred Luz, diretor de marketing rubro-negro, que convocou uma coletiva para abordar o tema depois que muitos torcedores usaram as redes sociais para criticar o aumento de preço para a final.

“O Ministério Público já notificou a concessionária e o Flamengo para prestar explicações, o que tem que ser feito em 48 horas. A partir daí, dependendo do que for respondido, o MP pode ajuizar ação para tentar a redução dos preços e até a devolução do dinheiro de quem já tiver comprado”, disse Paulo José Sally, promotor que abriu o inquérito.

O MP foi acionado por Leonardo Ribeiro, conhecido como capitão Leo, ex-membro de organizada do Flamengo e ex-presidente do Conselho Fiscal do clube, opositor da atual diretoria.

“A estimativa de renda é de até R$ 9 milhões. Vai depender muito de qual vai ser a solução para questão do setor visitante. Estamos tentando um caminho para que a torcida do Flamengo compre os ingressos não utilizados”, disse Luz.

Sobre a reclamação dos torcedores e a ameaça do Procon, o diretor disse que o preço do bilhete médio do jogo será de R$ 121,95, pois há muitas gratuidades e meias-entradas no Rio. Ele estima que 80% das entradas seja negociadas com o benefício do preço reduzido.

Luz também utilizou o problema dos cambistas para a elevação do valor dos bilhetes. Segundo o diretor, o preço baixo estimula sua ação, pois podem comprar muitas entradas e negociá-las por um valor que o torcedor ainda está disposto a pagar.

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