Mesmo com seis no DM, técnico paranista mostra confiança no grupo

Goiano, Neguete, Sandro, Maicosuel, Leonardo e Jeff. Meio time do Paraná Clube segue no departamento médico e fora da próxima rodada do Brasileirão. Alguns já estão em fase adiantada de recuperação e intercalando tratamento com atividades físicas. Mesmo assim, os problemas impedem o técnico Caio Júnior de escalar a força máxima do Paraná Clube para o primeiro de uma série de três jogos longe de sua torcida. No sábado, o Tricolor encara o Fluminense, no Rio de Janeiro (às 18h10, no Maracanã).

O técnico, apesar dos desfalques, mostra tranqüilidade pelo bom desempenho da equipe frente ao Grêmio. ?O time foi coeso e isso nos dá certeza de que o trabalho está sendo bem desenvolvido e aos poucos vamos encaixar todas as peças?, destacou Caio. No último domingo, o Tricolor entrou em campo com apenas cinco remanescentes da campanha no estadual. ?É sinal que os reforços têm qualidade e o grupo está mais forte?, disse o capitão Beto. ?A vitória dá tranqüilidade para a seqüência dos trabalhos. Há muito o que melhorar e isso vai ocorrer jogo a jogo?, completou o capitão.

No primeiro coletivo da semana, hoje pela manhã, o treinador deve testar algumas opções que podem ser aplicadas no jogo frente ao tricolor carioca. Mesmo reconhecendo que a presença de Cristiano foi decisiva para a primeira vitória na competição (o jogador só foi confirmado momentos antes do jogo), Caio Júnior não confirmou se irá manter a mesma estratégia, com dois atacantes. O treinador vai ao Rio de Janeiro, hoje – onde será julgado, pela exclusão no jogo contra o Juventude -, e aproveita para ver de perto o Fluminense, em jogo da Copa do Brasil, frente ao Cruzeiro.

Nas entrelinhas, Caio dá a entender que pode armar um time ainda mais coeso no meio-de-campo, retornando ao 3-6-1, esquema que vinha sendo adotado até então. Nesse caso, o meia Gérson seria a primeira opção. Mas, sem descartar a presença de mais um jogador de contenção, já que o Paraná tem alas ofensivos e que necessitam de cobertura para que possam se lançar ao ataque. Como Felipe Alves, Beto e Batista marcam, mas com bom toque de bola, a ausência de um meia de criação seria suprida pela saída rápida com o trio e até mesmo com os zagueiros.

Caio deixa Sul-Americana pra depois

O técnico Caio Júnior não aprofundou comentários sobre a Copa Sul-Americana. Está com as atenções voltadas ao jogo frente ao Fluminense – pela 4.ª rodada do Brasileirão – e sabe que a nova competição só terá início dentro de quatro meses. Isso não impediu o treinador, no entanto, de lamentar a realização de um clássico contra o Atlético já na fase classificatória do torneio. ?Creio que para o futebol paranaense não foi bom?, disse o treinador.

É que a decisão da Conmebol de colocar os dois representantes do Estado frente a frente faz com que apenas um deles avance à etapa internacional do torneio.

E quem levar a melhor no duelo doméstico terá pela frente o River Plate, da Argentina. ?Mas, esse é um assunto para o futuro. Agora, estamos pensando exclusivamente no Brasileiro, onde temos muitas decisões pela frente?, ponderou Caio Júnior. Até mesmo o encontro entre Paraná e Atlético, pelo primeiro turno do Nacional, ocorrerá antes dos duelos pela Sul-Americana.

Esta será a segunda participação do Tricolor no torneio promovido pelo Conmebol. Em 2004, o Paraná encarou o Santos. Venceu o primeiro jogo (2×1) com Gilson Kleina no comando, no Pinheirão.

No jogo de volta, porém, já com Paulo Campos outra vez na direção, não fez frente ao clube paulista na Vila Belmiro e acabou goleado (3×0), dando adeus à competição.

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