Médico alemão não garante Ronaldo 100% no domingo

Königstein – O médico alemão Ingo Tusk, que atendeu Ronaldo em um hospital de Frankfurt na quarta-feira, não confirma se o atacante entrará em campo no domingo em condições ideais para o jogo contra a Austrália. Os médicos alemães suspeitaram que o atacante tivesse sofrido uma gastrite, possibilidade que foi afastada depois dos exames. Houve ainda testes para saber se Ronaldo sofria de sinusite e até se o problema tinha motivos emocionais.

Tusk, ao ser questionado se o jogador teria condições de jogo, riu desconcertadamente e apenas disse: ?Isso só a comissão técnica brasileira poderá dizer?.

A Fifa tentou proibir ontem que o hospital desse qualquer detalhe sobre Ronaldo à imprensa, e até mesmo dizer se o atleta foi de fato atendido ali.

Tanto a Fifa como a CBF deixaram claro as inúmeras contradições nas informações sobre o atacante. A comissão técnica da seleção chegou a dizer que nenhum médico alemão atendeu a Ronaldo, enquanto o doutor Tusk esclareceu que permaneceu com o atacante durante todo o tempo de sua visita ao hospital.

Mistério

Questionado no final da manhã sobre o nome da clínica, a assessoria de imprensa da CBF disse que essa informação apenas o médico da seleção, José Luiz Runco, poderia dizer. Américo Faria, chefe da comissão técnica da seleção, também disse que não era de sua responsabilidade saber para onde Ronaldo foi levado. ?Cada um tem a sua função?, respondeu.

Um pouco mais tarde, durante o treino da seleção, Runco disse que não se lembrava do nome do local e nem do endereço para onde o atacante foi levado após se sentir tonto. ?Lembro que era hospital?, disse.

No dia de folga, Runco voltou caminhando para o hotel onde a seleção está hospedada, separadamente de Ronaldo, que estava em um carro. O médico, perguntado sobre o estado do atacante, levou um susto e afirmou que não tinha nenhum problema com ninguém.

No Hospital Zum Heiligen Geist, de Frankfurt, a única informação era de que o médico que atendeu Ronaldo foi o doutor Tusk e enfermeiras confirmaram que o atacante passou pelo local na quarta-feira para exames.

O que a comissão técnica queria evitar era o repeteco da situação da Copa de 1998, quando o atacante teve uma convulsão no dia da final contra a França e que demorou horas para ser revelada.

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