Maurício irá carregar bandeira na abertura do Pan

Maurício Lima vai carregar a bandeira do Brasil, hoje, no desfile de abertura dos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo. Será uma homenagem ao levantador, campeão olímpico e mundial e representante de duas gerações vencedoras do vôlei, e a um dos esportes que mais conquistas importantes tem obtido. O evento de abertura, a partir das 20h (de Brasília), será realizado no Estádio Olímpico Juan Pablo Duarte, localizado no principal centro de competições.

Maurício garantiu que a escolha foi uma surpresa. “Nem bem cheguei a São Domingos e já ganhei um título. Por isso, esse Pan vai ficar tatuado no meu coração. Acho que minha escolha é um reflexo do momento que o vôlei vive. Também deve ter sido pelo que eu fiz pelo vôlei. Apesar disso, tenho certeza de que o vôlei fez mais por mim”, disse o levantador, que tem boas recordações da cerimônia de abertura dos Jogos de Seul, sua primeira Olimpíada, em 1988, com o judoca Aurélio Miguel como porta-bandeira.

Este será o segundo Pan disputado pelo levantador, que foi a Cuba, em 1991. “Essa é uma competição diferente, de ideal de patriotismo. Estamos vindo para ganhar um ouro que o Brasil não ganha há 20 anos”, ressaltou.

O levantador Maurício já entrou no auditório da Vila Pan-Americana com a bandeira brasileira enrolada nos ombros e foi anunciado com pompa, em uma cerimônia que teve a presença do ministro dos Esportes, Agnelo Queiroz.

O Brasil será o décimo País a entrar no desfile e Maurício estará à frente de uma delegação que só será definida após reunião com os chefes de equipe. A cerimônia de abertura implicará em um certo desgaste para os atletas e, por isso, será opcional.

“Vai desfilar quem não tiver competição no dia seguinte e quiser, porque sabemos que será cansativo”, explicou Marcos Vinícius. Competem no sábado atletas do beisebol, boliche, handebol, esgrima, pólo aquático, ginástica artística, luta greco-romana e tiro.

Os organizadores não forneceram informações sobre como será o evento de inauguração dos jogos, mas apenas um breve informe com a ordem do programa. Começa com um show (não se sabe do que) e segue com o hasteamento da bandeira da República Dominicana, desfile das delegações e dos juízes, novo hasteamento de bandeiras (do COI, da Odepa e da capital dominicana, entidades e organizadores dos Jogos), os discursos, inclusive do presidente do país, Hipolito Mejía, a entrada da tocha, o acendimento da pira, o juramento dos atletas e dos juízes. Terminada essa parte formal, os atletas serão acomodados nas arquibancadas para acompanhar um show, informado pelos organizadores como “produção artística”.

Abalado, vôlei feminino chega para os jogos

AE

Ainda abalada pelo momento turbulento que vive o vôlei feminino, a seleção brasileira da modalidade desembarcou ontem na República Dominicana para a disputa do Pan-Americano. A central Fabiana é a única jogadora que estava no Grand Prix e vai estar com o time comandado por Wadson Lima.

Com 18 anos e 1,93m, Fabi chega com moral para o pan. Ela é a única titular já garantida na equipe brasileira, segundo Wadson.

A central prefere evitar falar sobre a queda de Marco Aurélio Motta, que pediu demissão e deu lugar a José Roberto Guimarães. “Estou bastante tranqüila, nunca trabalhei com o Zé Roberto, então não posso dizer como será. A gente sentiu a pressão quando estava no Grand Prix, sabia que seria difícil a situação (o Brasil ficou apenas com a sétima colocação). Mas o mais importante é deixar de pensar no passado e se concentrar no futuro”, disse a jogadora do MRV/Minas.

A equipe brasileira, com apenas duas jogadoras da categoria adulta – Janina e Katchu – garante que pode conquistar uma medalha. “Pelo que vimos no GP, acho que podemos jogar de igual para igual com Cuba, que também estava na Itália. Elas só têm uma jogadora mais forte, a Ruiz, e se ela não jogar, o time não joga também”, avaliou Fabi.

Wadson complementou: “Todo mundo diz que nosso time é muito novo e ninguém conhece as jogadoras, mas essa base trabalha há quatro anos junto. Nosso potencial pode ser visto através da Fabi, que saiu deste grupo e ganhou espaço na seleção adulta.”

O treinador declarou que o objetivo é brigar por uma medalha.

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