Matthäus gostou. Mas ainda vai mexer no time

Depois da bronca em Londrina, o técnico Lothar Matthäus voltou a elogiar uma atuação do Atlético após a estréia na Copa do Brasil contra o Moto Club. Mesmo assim, o técnico do Rubro-Negro avisa que falta muito para o time engrenar e não vai deixar de cobrar disciplina de seus comandados. Isso significa que novas mudanças deverão ocorrer na equipe e que ninguém tem cadeira cativa com o alemão. Hoje, o time volta a trabalhar no CT do Caju na preparação para domingo contra o Francisco Beltrão.

?Os jogadores têm que aprender que futebol é uma coisa séria e o trabalho no campo e a disciplina são importantes para vencer. Não é brincadeira não!?, apontou através da tradução do auxiliar Jost Vieth. O alemão disparou contra os jogadores após a partida contra o Nacional e reuniu todo mundo na concentração na capital do café para puxar a orelha no domingo à noite. Após a 4.ª vitória consecutiva e a classificação para a segunda fase da Copa do Brasil a conversa foi bem diferente.

?O time tem que se concentrar desde o início e fazer gols e eles cumpriram?, destacou.

Isso não quer dizer que os jogadores já podem comemorar a atuação contra os maranhenses. Longe disso.

O técnico do Furacão avisa que tem muita coisa a fazer. ?Ainda falta muito trabalho, temos um caminho pela frente que vai demorar, mas passo a passo o time vai melhorar e vai realizar o que é esperado?, garantiu. Depois dos 3 a 1 sobre o Moto Club, que garantiu classificação direta, o Atlético espera pelo adversário, que pode ser América/MG ou Volta Redonda.

À tarde, no entanto, o time volta a pensar e respirar o Paranaense e o próximo adversário será o Chico Beltrão, às 16h de domingo, no Estádio Anilado. Contra o Galo do Sudoeste, Matthäus não poderá contar com o zagueiro Danilo, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Os zagueiros Juninho e João Leonardo e até o volante Bruno Lança disputam a posição.

Pra desmentir o São Paulo, Atlético mostra o contrato

O Atlético divulgou ontem o contrato de empréstimo do atacante Aloísio para o São Paulo. A intenção é desmentir o presidente do clube paulista, Marcelo Portugal Gouveia, que tem insistido em dizer que não negociou com o Rubro-Negro para ter o jogador no Mundial da Fifa. No documento, em papel timbrado do Tricolor, é possível constatar a assinatura dele fazendo o negócio com o Furacão. O atleta, por sua vez, não está mais treinando no CT da Barra Funda, mas também não deu as caras na Baixada.

Na terça-feira, o Atlético conseguiu uma liminar para fazer valer o contrato assinado no ano passado com o jogador e fazer com que ele se reapresente no CT do Caju. Caso isso não aconteça ou o São Paulo atrapalhe a vida do Rubro-Negro, uma multa de R$ 72,2 mil será aplicada diariamente.

O clube paulista já foi notificado e proibiu Aloísio de usar suas dependências. O atleta, por sua vez, está ?foragido? do oficial de justiça e ainda não recebeu a ordem da Justiça do Trabalho para voltar a treinar.

Uma audiência de reconciliação está marcada para o dia 3 de março na 1.ª Vara de Curitiba. Mas, por enquanto, um final feliz parece estar distante. O cartola sãopaulino insiste em dizer que negociou um novo contrato com o Rubin Kazan, ex-clube de Aloísio, e que até mandou a documentação para a CBF. A entidade, até agora, não aceitou o registro e não deve aceitar. A multa rescisória para que Aloísio possa deixar a Baixada é de US$ 800 mil (R$ 1,6 milhão).

Matthäus encontrará o Kaiser no Rio de Janeiro

Após a vitória sobre o Moto Club, o técnico Lothar Matthäus seguiu direto para o Rio de Janeiro para se encontrar com Franz Beckenbauer. Na Cidade Maravilhosa, o treinador do Atlético irá ajudar o compatriota a divulgar a Copa do Mundo deste ano. O alemão do Rubro-Negro também integra o comitê organizador do maior evento esportivo do mundo. Amanhã à noite, o comandante do Furacão retorna para Curitiba e domingo segue viagem para Francisco Beltrão.

Antes de ser contratado pelo clube da Baixada, Matthäus já vinha participando da divulgação da Copa da Alemanha e também da Copa da África do Sul (programada para 2010). Como a delegação atleticana treinou pela manhã em São Luís e decolou da capital maranhense somente no período da tarde, os dois principais ex-jogadores germânicos se encontraram somente à noite.

Para hoje, está programada uma recepção de boas-vindas à seleção brasileira num hotel da zona sul do Rio organizada pelo comitê da Copa. Durante o evento, será apresentado um relatório sobre o progresso dos preparativos para o torneio. Amanhã, Matthäus continua na capital fluminense e grava um comercial para tevê com o Kaiser. A volta está programada para a noite. Nesse período fora do CT do Caju, a equipe rubro-negra será comandada por Vinícius Eutrópio.

Entre o samba e o futebol

O eterno craque alemão Franz Beckenbauer parecia uma criança ao desembarcar ontem no Brasil para, oficialmente, exercer as funções de presidente do Comitê Organizador e embaixador da Copa do Mundo de 2006.

No Maracanã, deixou a marca de seus pés na Calçada da Fama, e depois foi ao projeto social da escola de samba Estação Primeira de Mangueira.

?Vim aqui para ver os jovens Pelés e Ronaldinhos?, disse Beckenbauer, presenteado com livros, camisas da Mangueira e uma placa.

Aos pés da imensa favela, o embaixador da Copa do Mundo se entusiasmou: ?Desde 1968, quando estive aqui pela primeira vez, as favelas mudaram para melhor?. E, ao se deparar com uma foto de 99 da visita de Pelé ao projeto social, Beckenbauer exclamou: ?Ele não muda nada?.

Ao visitar o Maracanã, o Kaiser disse: ?Maracanã e Wembley, na Inglaterra, são dois estádios emblemáticos. Não se pode deixar destruir a tradição Estive aqui pela primeira vez em 68, era um menino de 23 anos e estava todo bobo porque joguei com o Pelé?, lembrou Beckenbauer. Na verdade, ele jogou quatro vezes no Maracanã. Em 68, defendeu a Alemanha em empate com o Brasil e se juntou a um time de astros na derrota para a seleção brasileira.

Depois em 75, perdeu para o Fluminense jogando pelo Bayern de Munique e também perdeu para o Flamengo, já no Cosmos. Beckenbauer fica no Brasil até domingo. No sábado quer aproveitar a ocasião para conversar com o vocalista dos Rolling Stones, Mick Jagger, que estará no Rio para a realização de um show.

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