Herzogenaurach – Javier Mascherano, que completou 22 anos ontem, não mostra entusiasmo muito grande com a possibilidade de, em 2006, ocorrer uma final de Copa entre Brasil e Argentina. Nada de medo ou respeito exagerado, apenas a vontade de dar um passo de cada vez como toda a seleção argentina tem feito.
?Acho que muita gente no mundo inteiro gostaria de presenciar uma final entre esses dois gigantes do futebol mundial. É algo que nunca aconteceu antes, seria sensacional, mas nós não podemos pensar nisso agora. O importante para a Argentina é ganhar de Costa do Marfim na estréia da Copa?, disse.
Ganhar para ter mais confiança no segundo jogo, etc e tal. É o que todos dizem em um discurso que só pode ser ensaiado. É lógico que o motivo remonta a 2002, quando eram favoritos e terminaram eliminados na primeira fase. Um fiasco. Desde então, a Argentina caminha com um pé atrás, embora tenha feito excelente Eliminatórias.
Naquela Copa de 2002, Mascherano era apenas um dos garotos da categoria sub-20 que foram à Ásia treinar com os titulares. Uma prática que se repete agora com Pekerman. Hoje, há nove juniores na Alemanha. De júnior a titular indiscutível e carregando nas costas a certeza dos torcedores de que será o dono do meio-de-campo por muito tempo. Esta é a certeza que se tem do atleta. Mas Mascherano não pensa nisso. ?Só quero jogar. Não estou nervoso, apenas um pouco ansioso para estrear logo neste mundial. É o dia com que todo garoto sonha. O importante é que estou bem fisicamente e concentrado?.
A distensão muscular na coxa direita já é coisa do passado.