Marcos assume a liderança

São Paulo – Marcos voltou a assumir a postura de líder que muitas vezes se recusa a aceitar. Ontem, o goleiro afirmou que o fato do valor da premiação pelo acesso à primeira divisão ainda não ter sido definido pela diretoria do Palmeiras não irá interferir no comportamento da equipe no quadrangular decisivo da Série B do brasileiro – a estréia do Verdão é hoje, contra o Botafogo, às 21h40, em Caio Martins.

Aos mais jovens, como Vágner Love, Diego Souza e Edmílson, que lutam pela assinatura de um contrato melhor, o recado foi direto. “Não é hora de se preocupar com dinheiro. Tenho certeza de que se o Palmeiras subir todos serão muito bem recompensados. Sem falar na valorização profissional de cada um”, avisou Marcos.

O goleiro, ao lado de Sérgio e do zagueiro Daniel, faz parte da comissão de jogadores que está discutindo os valores com o diretor de futebol Mário Gianini e com o presidente Mustafá Contursi. E pede para que o foco de atenção não seja desviado neste momento.

“Eu mesmo estou passando por uma situação que poderia até tirar minha concentração, já que existe a chance de eu ser convocado para defender a seleção brasileira nas partidas contra Peru (dia 16, em Lima) e Uruguai (dia 19, em Curitiba), pelas eliminatórias. Mas meu pensamento está voltado somente para o Botafogo. Se optar por alguma das duas frentes, certamente o maior prejudicado serei eu”, explicou o goleiro pentacampeão mundial.

Embora apresente no currículo títulos importantes, como a Libertadores da América de 1999, pelo Palmeiras, e a Copa do Mundo de 2002, pela seleção brasileira, Marcos se coloca no mesmo nível de importância dos demais integrantes do elenco. “Posso até passar minha experiência, que ajuda e muito em um momento decisivo, mas ficar colocando minha condição de ‘penta’ não tem nada a ver. Aqui não existe essa história de jogador consagrado, está todo mundo no mesmo barco. Todos vão atrás do melhor, que no momento é a vaga para a primeira divisão no ano que vem”.

Duas são as preocupações maiores do goleiro para o clássico de hoje em Niterói. “Nunca joguei em Caio Martins mas pelo que fiquei sabendo a iluminação é precária. A luz dos refletores bate de frente na cara dos goleiros. E temos que nos preocupar também com o Leandrão (atacante do Botafogo), que é alto e tem facilidade para fazer gols de cabeça”.

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