Márcio Simão em vantagem nos 110 metros sobre barreiras

Leiden, Holanda – Na disputa pela terceira e última vaga do Brasil nos 110 metros sobre barreiras na Olimpíada de Atenas, em agosto, Márcio Simão de Souza abriu frente em relação a Anselmo Gomes da Silva. Os dois têm o índice A para os jogos (13s55), ambos conseguidos no ano passado, e tinham feito apenas o B em 2004. Mas neste domingo Márcio Simão fez o A novamente, em Leiden, na Holanda: os 13s55 no segundo lugar da prova, atrás do norte-americano Robbie Hughes, com 13s52.

Márcio Simão, que nesta segunda-feira compete em Erfurt, na Alemanha, tem agora cinco centésimos de segundo na frente de Anselmo. É 11 de julho o prazo para obtenção de índices olímpicos.

Quatro atletas tinham índice A para as Olimpíadas: Redelen Melo dos Santos, Matheus Inocêncio (os dois em 2004), Simão (em 2003, 13s40) e Anselmo (em 2003, 13s52). No Troféu Brasil, no fim de semana passada, garantiram vaga o primeiro e o segundo da prova, por critério definido pela CBAt: Redelen e Matheus (que chorou muito de emoção). Anselmo foi terceiro (13s60) e Márcio, quarto (13s61).

A terceira vaga é do primeiro no ranking brasileiro – ou aquele com a melhor marca até 11 de julho.

Todos treinam na pista do Ibirapuera e são amigos. Redelen (28 anos) e Márcio (29), com o técnico Nélio Moura; Matheus (23), com Marcelo Lima; Anselmo (23), com Katsuhico Nakaya. “Somos adversários só nas provas”, afirma Márcio Simão. Redelen é quem tem o recorde sul-americano: 13s30. Márcio Simão chegou às semifinais do mundial de Paris/2003 com Redelen e Matheus. Márcio (o “PD”, da abreviação de “à prova d?água”, de quando usava cabelo black power) foi quinto. Para ele, “é boa a chance de um brasileiro ir à final e até ganhar medalha olímpica em Atenas”.

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