Márcio se despede mas não sabe o seu destino

O artilheiro Márcio já não é mais do Paraná Clube. A confirmação partiu do próprio jogador, que ontem foi ao clube para pegar seus pertences e se despedir dos companheiros.

O destino de Márcio, porém, ainda não está definido, pois a transação está sendo concluída diretamente com o empresário Juan Figger. O tricolor está vendendo a sua parte dos direitos federativos do atleta (50%) visando um fim de ano equilibrado e sem dívidas. O presidente Enio Ribeiro, que foi ao Rio de Janeiro participar do conselho arbitral do campeonato brasileiro, não confirmou a conclusão do negócio.

A negociação está sendo “amarrada” há algumas semanas. A venda de Márcio tornou-se a válvula de escape do tricolor, que convive há dois anos com dívidas e dificuldades estruturais no seu departamento de futebol. Márcio foi o destaque do time nas duas últimas participações do Paraná no Brasileirão. O atacante marcou 11 gols em 2001 e superou sua própria marca este ano, balançando as redes 12 vezes. Surgiram algumas propostas, mas todas por empréstimo, que não resolveriam o problema do clube. Por isso a preferência recaiu sobre a transferência do atleta para o Iraty, que adquire o jogador em parceria com Figger (os outros 50% dos direitos federativos de Márcio já pertenciam ao clube do interior do Estado).

A diretoria paranista estimava que a transferência do atleta para o exterior em US$ 3 milhões. A atual negociação gira em torno de valores menos expressivos. O Paraná deve embolsar aproximadamente R$ 2 milhões, o que cobriria o atual “rombo” do clube. Márcio preferiu não comentar as cifras e disse que ainda não sabe qual será seu destino. “Só sei que minha próxima parada será Vicentina, no Mato Grosso do Sul”, brincou. O atacante viaja hoje para a casa dos pais – Pedro e Maria – onde pretende permanecer até o próximo dia 28 de dezembro.

O atacante não esconde o desejo de se transferir para o exterior, apesar do interesse de clubes como Cruzeiro e Corinthians. “É hora de garantir um salário vantajoso”, disse. Márcio alimenta o sonho de jogar na Europa, mas o seu destino deve ser mesmo o futebol japonês. “Não quero nem pensar nisso agora. Quero descansar com meus familiares.” No Rio, o presidente Enio Ribeiro negou que a transação estivesse concluída. “Ainda há pontos a serem ajustados”, afirmou. Essas pendências devem ser corrigidas ainda hoje, com o retorno do dirigente a Curitiba. Márcio, como bom atacante, antecipou a jogada e já se despediu dos amigos.

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