Lopes muda o Atlético para jogo de amanhã

O técnico Antônio Lopes comanda hoje pela manhã o trabalho que vai definir o Atlético para a partida de amanhã contra o Fortaleza. Depois de vencer o Chivas Guadalajara pela Copa Libertadores da América, o Rubro-Negro volta ao campeonato brasileiro e luta para sair da incômoda lanterna na competição. Para piorar a situação, o treinador terá que substituir Durval, André Rocha e Lima, todos suspensos, e ainda tem Cocito e Aloísio no departamento médico. O confronto contra os cearenses está programado para às 18h10 de amanhã, no Couto Pereira.

A tendência é de que Tiago Vieira, Alan Bahia e Jorge Henrique ganhem a condição de titular no time do Delegado. Nem mesmo a chance iminente de disputar um final de Libertadores irá fazer o treinador poupar seus titulares. Quem estiver em condição, vai para o jogo. Mesmo assim, ele pode perder o volante Cocito (dores musculares) e o atacante Aloísio (pancada na coxa direita), entregues ao DM. Assim, o provável time para amanhã deverá ter Diego; Jancarlos, Danilo, Tiago Vieira e Marcão; Cocito (Ticão), Alan Bahia, Fabrício e Fernandinho; Jorge Henrique e Aloísio (Cléo).

Independente dos problemas e da cabeça voltada para o torneio internacional, os jogadores querem conseguir o quanto antes a primeira vitória no brasileiro. "A gente tem que pensar no jogo contra o Fortaleza para depois pensar no jogo de volta contra o Chivas", aponta o lateral-direito Jancarlos.

Apesar da vontade, novamente uma das armas rubro-negras para sufocar os gringos na Baixada não estará presente amanhã: a torcida. "A torcida nos apóia, nos esquenta, mas vamos ter que somar esforços para jogar lá no domingo (amanhã)", analisa o meia Fabrício. A partida será no Couto Pereira porque o clube terá que cumprir mais uma partida de punição devido a uma bomba jogada no gramado da Arena, na partida contra o Corinthians. Não será permitida a entrada de torcedores.

Couto está fora de cogitação pra final da Libertadores

Tem polêmica à vista no futebol paranaense. Por causa de uma negativa do maior rival, o Atlético corre o risco de disputar uma eventual decisão da Copa Libertadores fora de Curitiba. Antes mesmo da confirmação da classificação rubro-negra contra o Chivas, o Coritiba antecipa que não libera o Couto Pereira para o Furacão.

A pendenga tem origem no parágrafo 3.º do artigo 9.º do regulamento da competição, que estipula a capacidade mínima de 40 mil pessoas para os estádios que abrigarem os jogos decisivos. O único local de Curitiba que se enquadra neste item é o Couto Pereira -exatos 40 mil, conforme protocolado pelo clube na Libertadores de 2004.

Mas o presidente alviverde, Giovani Gionédis, adiantou que não libera o estádio de maneira alguma. ?Há uma grande guerra entre as torcidas. Investimos muito para recuperar o Couto e ganhando ou perdendo eles (os atleticanos) vão quebrar o estádio?, justificou. Questionado se mudaria de posição caso o Atlético fizesse um seguro, ou se comprometesse a cobrir eventuais prejuízos, Gionédis foi enfático. ?Não adianta ficar criando hipóteses. É uma decisão de diretoria e de caráter irreversível?, afirmou.

O presidente coxa-branca disse que só emprestou o Couto nos dois jogos em que o Atlético perdeu o mando de campo porque os portões são fechados. A medida, por sinal, causou certo mal-estar no Alto da Glória – torcedores alviverdes reclamaram principalmente porque a cessão foi gratuita.

Tentativa

Oficialmente, o Atlético não se pronuncia sobre o assunto. O presidente João Augusto Fleury da Rocha disse que o clube está ?absolutamente concentrado? no segundo jogo da semifinal, quinta-feira, em Guadalajara. ?Não vamos desperdiçar um pentelionésimo de energia antes do resultado final. É uma determinação expressa que passei a todos os setores do clube?, disse Fleury, que assim evita ?municiar? a motivação do adversário com o discurso ?já-ganhou?. ?O presidente do Chivas já falou demais antes do jogo.?

Nos bastidores, porém, o Atlético elabora um ofício para enviar à Conmebol, solicitando a liberação da Arena caso o clube avance à final. O Rubro-Negro vai alegar que o dispositivo do regulamento é anterior às exigências da Fifa para que os estádios não tenham lugares em pé.

Passando pelo Chivas, o Atlético disputa a primeira partida decisiva contra São Paulo ou River Plate em casa, no dia 6 de julho. Se não encontrar soluções para a Arena ou o Couto, o Furacão terá que jogar em Londrina – desde que a CBF autorize o Estádio do Café, que já abrigou públicos superiores a 40 mil – ou em outro Estado.

Furacão ganha o mundo com campanha na Libertadores

A vitória sobre o Chivas Guadalajara não só colocou o Atlético com um pé na final da Copa Libertadores da América como também serviu para expandir cada vez mais a marca do clube da Baixada. Um sucesso que garante a presença dos símbolos rubro-negros na imprensa do mundo inteiro, que cada vez mais olha para as façanhas de Diego, Fabrício, Fernandinho e companhia. Tudo o que os dirigentes querem para consolidar de vez a presença do Furacão no cenário internacional.

Para se ter uma idéia, os sites da Fifa e da Conmebol exaltaram a façanha rubro-negra. ?O Atlético deu um passo muito forte para a final da Copa Libertadores em uma partida onde a superioridade do conjunto brasileiro foi absoluta?, proclamou a Conmebol. A entidade máxima do futebol sul-americano destaca a possibilidade de uma inédita final entre duas equipes do mesmo País, já que tanto São Paulo quanto Atlético ganharam bem suas artidas de ida.

Por sua vez, a Fifa qualificou a partida do Rubro-Negro como a mais importante da rodada. ?A importante vitória sobre o Chivas deixa o time mais próximo de chegar à final?, aponta o informativo da entidade comandada por Joseph Blatter. Segundo o Fifa.com, o Furacão já não é mais uma surpresa no torneio e também espera uma final brasileira apesar de lembrar que ainda restam 90 minutos para serem jogados.

Assim como Conmebol e Fifa, o Furacão também foi presença constante na mídia mexicana e nos noticiários esportivos do mundo inteiro. ?A gente recebe essa exposição nos sites internacionais com naturalidade porque é uma coisa que a gente já esperava?, aponta Alexandre Rocha Loures, diretor de relações internacionais do Atlético. Para ele, no entanto, a cobertura jornalística poderia ser até maior. ?Se fosse um clube do eixo Rio-São Paulo a exposição seria maior?, lamenta.

Mesmo assim, o clube mantém o planejamento e vai continuar investindo no mercado internacional. Segundo ele, há várias limitações para isso, como a dependência dos resultados do time em campo, mas que são contornados com criatividade. ?Os jogadores que saem daqui, como Jádson, Ilan, Washington, Rogério Correia, elevam o nome do clube e nos trazem cada vez mais prestígio e continuam dando destaque ao clube?, comemora.

Julgamento do caso do torcedor coxa é adiado

O caso do torcedor coxa-branca que exigiu indenização por não ter assistido adequadamente a um Atletiba de 2002, na Arena, será decidido em 8 de julho. Em audiência realizada ontem no Juizado Especial Cível (antigo Pequenas Causas) não houve acordo entre o torcedor Jean Féder e o Atlético.

Segundo o advogado do torcedor, Haroldo Alves Ribeiro Júnior, o juiz propôs que o Atlético indique previamente os pontos da torcida visitante que não permitem 100% de visibilidade do gramado. ?Mas o clube recusou. Então, foi obrigado a comprovar que o espaço destinado ao Coritiba no clássico de 2002 daria visão total a todos os torcedores?, disse o advogado, que em nome de seu cliente pede R$ 4 mil de indenização.

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